65 por cento dos comerciantes estão pessimistas quanto ao evoluir da economia, revela o “Estudo de Conjuntura” realizado pela União das Associações do Comércio e Serviços (UACS) junto dos seus associados.

Em Outubro passado, os resultados se situavam em 55 por cento.

No entanto, apesar deste pessimismo acentuado, não deixa de ser curioso que, quando questionados relativamente à manutenção dos postos de trabalho, 67 por cento dos entrevistados apontem para a estabilidade dos mesmos, mais 12 por cento do que no estudo anterior que se situava nos 65 por cento.

Estes resultados, embora possam parecer contraditórios, estão contudo em consonância com o nível de investimento previsto, que apresenta uma melhoria de sete por cento face ao anterior.

Em termos do balanço da actividade dois terços dos inquiridos consideram como não satisfatória a actividade em 2008, acusando em 65 por cento dos casos uma diminuição das vendas, com uma quebra acentuada nas vendas de Natal e nos saldos de Inverno.

Recorde-se que comércio é uma das actividades económicas mais relevantes do país, com uma contribuição significativa em termos de mercado de trabalho, constituindo cerca de um quarto das empresas e do emprego da economia nacional e com um Valor Acrescentado Bruto que corresponde a 21 por cento do total dos sectores do país.