O volume de negócios do retalho especializado da Sonae cresceu, neste primeiro trimestre, cerca de 16 por cento, um resultado que é atribuído ao crescimento orgânico dos últimos 12 meses, com a abertura de 76 lojas em Portugal e Espanha.
Numa base comparável, as vendas caíram nove por cento, uma queda motivada pelo desempenho dos formatos de electrónica. A rentabilidade global da unidade foi negativamente impactada em quatro milhões de euros, pelo esforço de investimento associado à entrada da Worten e da SportZone no mercado espanhol. Estes custos de lançamento incluíram a reconversão das lojas adquiridas à Boulanger para o conceito e marca Worten, uma mudança que, de acordo com a Sonae, foi bem aceite pelos consumidores.
No que concerne o retalho de base alimentar, o volume de negócios aumentou em cinco por cento. O crescimento das vendas numa base comparável foi de um por cento, um valor que a Sonae considera de significativo tendo em conta o calendário anual, com a Páscoa a não beneficiar o trimestre, e a prevalência de um fenómeno de “trading down”, com o aumento do peso dos produtos de marca própria a influenciar o preço médio das vendas.
O crescimento dos formatos de retalho afectaram positivamente o volume de negócios globalmente da Sonae, que cresceu cinco por cento, para os 1,26 milhões de euros. Para Paulo Azevedo, presidente executivo da Sonae, o primeiro trimestre do ano confirmou a resiliência do portfólio de negócios às difíceis condições macroeconómicas e à redução do índice de confiança dos consumidores. “Continuo convicto que a Sonae sairá desta recessão como uma empresa mais forte e com um potencial de crescimento futuro mais robusto. O portfólio de negócios que desenvolvemos, líderes nos seus mercados, não é imune às dificuldades de mercado vividas actualmente mas provou a sua solidez e resiliência, comprovando que as nossas garantias quanto à capacidade de gestão eficaz em período de recessão económica não são vãs. Esperamos continuar a cumprir com este compromisso e a manter a confiança dos investidores”.
