O Grupo Jerónimo Martins registou, nos primeiros três meses de 2009, vendas consolidadas no valor de 1.605,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,7 por cento (20,3 por cento excluindo o efeito cambial) relativamente a igual período do ano passado.
Confirmando integralmente as expectativas da gestão, este crescimento de vendas resulta, segundo o grupo, da solidez dos seus formatos e da contribuição do plano de expansão concretizado em 2008. É ainda de realçar o crescimento de dois por cento das vendas numa base “like-for-like” (LFL), excluindo o efeito cambial, tanto mais que o trimestre não beneficiou do tradicional pico de vendas da Páscoa no retalho alimentar, ao contrário do que sucedeu em 2008.
Um destaque especial para a evolução muito positiva do EBITDA, que cresceu 9,6 por cento (23,3 por cento a uma taxa de câmbio constante) e que ultrapassou já os 100 milhões de euros em apenas três meses. “Este forte crescimento reflecte o contributo positivo do trabalho concretizado a nível de ‘sourcing’, nomeadamente através dos novos processos de ‘procurement’ implementados, a que se juntam as sinergias e os ganhos de escala da nova dimensão das operações do grupo, sem que todavia esta expansão tenha atingido a sua
fase de maturidade”, avança a Jerónimo Martins em comunicado.
O desempenho operacional contribuiu para o crescimento de dois por cento do resultado líquido da Jerónimo Martins (38,1 por cento se excluídos os impactos dos resultados não recorrentes), permitindo assim superar os efeitos negativos do calendário, da taxa de câmbio e dos ganhos não recorrentes registados em igual período de 2008.
Beneficiando do contributo de mais 87 lojas, as vendas em Portugal registaram um crescimento de 11,2 por cento em relação ao trimestre homólogo de 2008, tendo sido esta a área de negócio onde já se reflectiram os ganhos de “sourcing” da nova escala de operações.
No comportamento do consumo verificou-se uma diminuição da despesa média por acto de compra e um aumento do número de visitas, o que poderá significar uma tendência de maior racionalidade/conservadorismo no processo de compra.
No Pingo Doce, a evolução das vendas LFL variou consoante a dimensão das lojas, sendo de salientar o dinamismo registado nos supermercados, onde se verificou um crescimento de um por cento dos volumes numa base LFL (-0,7 por cento em valor), mitigando o efeito negativo do calendário.
O Recheio registou crescimentos de vendas em ambos os canais em que opera (tradicional e HoReCa), com o aumento das vendas LFL no seu conjunto a atingir 1,8 por cento. Este desempenho, em conjunto com mais uma loja adquirida em Novembro de 2008, permitiu um crescimento das vendas totais de 5,2 por cento.
Na Polónia, o comportamento dos volumes de vendas manteve o forte dinamismo e, numa base LFL, as vendas cresceram 7,7 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2008. Beneficiando do facto de ter operado com mais 311 lojas do que em igual período do ano anterior, a Biedronka registou um crescimento das vendas totais de 32,3 por cento em moeda local, o que representa uma progressão de 5,2 por cento em euros.
Para 2009, a Jerónimo Martins antecipa um aumento da visibilidade dos ganhos de escala, embora continue a encarar este ano com prudência. “O desempenho operacional do primeiro trimestre reflectiu os benefícios de escala a nível de ‘sourcing’, fruto da estratégia de expansão executada pelo grupo nos últimos anos. Tendo as lojas recentemente abertas contribuições ainda abaixo da média das lojas maduras, é de esperar um aumento progressivo da visibilidade dos ganhos de escala nos resultados”.