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Imobiliário português deverá sofrer ajustamentos em 2009
2009-04-14

Em 2009, o mercado imobiliário português deverá ser alvo de ajustamentos e de uma readaptação por parte dos ‘players’ relativamente às suas estratégias, sendo de prever que continue a ser afectado pelas actuais condições conjunturais, segundo o relatório “Mercado Imobiliário 2008 – Perspectivas 2009” da Jones Lang LaSalle Portugal.

Segundo Manuel Puig, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal, “o ano de 2009 tem trazido, até à data, mais do mesmo. O sector continua, tal como em 2008, a deparar-se com as restrições no crédito, com a reduzida actividade transaccional, com a queda de valores e de confiança e a adopção de uma estratégia de ‘wait and see’. Contudo, no decorrer do ano, os ‘players’ que estiverem posicionados para adoptar uma visão de médio prazo e com acesso a capital poderão começar a tirar vantagem de todo um conjunto de oportunidades que surgirão, resultado da queda de preços que deverá continuar a fazer-se sentir em 2009. Em suma, 2009 será um ano de viragem, de repensar estratégias, políticas, procedimentos, de procura oportunidades e ultrapassar obstáculos”.

De acordo com a consultora, os diversos segmentos de mercado deverão ajustar-se às novas condições de mercado com intensidades diferenciadas, embora seja denominador comum uma tendência para o abrandamento da actividade e para a cautela dos ‘players’. O mercado de retalho continuará a ser afectado pelos efeitos da crise económica e pela consequente redução do poder de compra, factores que têm influenciado os planos de expansão dos lojistas.

Contudo, dada a sofisticação deste mercado a nível europeu, continuará a ser encarado, no contexto internacional, como um mercado atractivo para a implantação de novos lojistas. Da parte da oferta, a cautela é a nota dominante. Apesar da previsão de 56 novos projectos comerciais, entre centros comerciais, retail parks e outros formatos de retalho com licença comercial, num total de aproximadamente 1.370 mil metros quadrados de nova ABL, não será de esperar que todos venham a ser concretizados, podendo ser adiados ou mesmo cancelados, à semelhança do que tem vindo a verificar-se desde final do ano passado. Calcula-se que cerca de 330 mil metros quadrados de ABL foram já adiados ou cancelados pelos promotores desde final de 2008. A falta de financiamento e as dificuldades sentidas na comercialização deverão continuar a influenciar a decisão de lançamento de novos projectos. O comércio de rua deverá continuar a dinamizar-se, atraindo cada vez mais lojistas.

O mercado de retalho continuou a apresentar dinamismo em 2008, registando a inauguração de nove centros comerciais e três retail parks, num total de aproximadamente 325 mil metros quadrados de nova ABL. A zona Centro e a zona do Grande Porto foram as protagonistas do ano, concentrando 43 e 34 por cento, respectivamente, da área inaugurada e sendo palco das duas maiores inaugurações em 2008, o Palácio do Gelo (73.500 metros quadrados de ABL), na Região Centro, e o Mar Shopping, promovido pelo Grupo InterIkea em Matosinhos (Grande Porto), com 103.500 metros quadrados de ABL, ambos comercializados pela Jones Lang LaSalle.

No final do ano, o stock de retalho em Portugal ascendia a 3.100 mil metros quadrados de ABL, com uma densidade média de 232 metros quadrados de ABL de centros comerciais (não incluindo outros formatos de retalho) por cada mil habitantes.


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L.Branca/PAE

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