A LG Electronics estabeleceu um acordo exclusivo com uma das principais produtoras mundiais de energia solar, a norueguesa REC Wafer, fabricante das placas de silício policristalino que estão na base das conhecidas células solares.
Reforçar a capacidade de resposta da LG nas energias alternativas e nomeadamente na energia solar, na qual se inclui a produção de componentes chave como as células e os módulos solares, são objectivos que terão um novo impulso com esta parceria. “Estamos empenhados em investir e em desenvolver soluções que recorram a energias limpas, susceptíveis de potenciar através do vasto conhecimento que a Investigação & Desenvolvimento da LG foi acumulando ao longo do tempo, assim como pela experiência e capacidade da LG na produção em larga escala”, afirma o responsável pela direcção de Tecnologia da LG, Woo Paik. “Esta parceria com a REC é um passo em frente para que a LG possa afirmar-se como líder global nas tecnologias para as energias renováveis e solar”.
O acordo entre a LG e a REC traduz-se num contrato de cinco anos, no valor de 340 milhões de dólares, montante que, durante este período, permitirá à LG receber um número crescente de placas policristalinas de silício, começando já em 2010 com volumes limitados que aumentarão até ao final do contrato, em 2014.
Esta aposta no desenvolvimento de energias alternativas assegura à LG e às suas subsidiárias a criação de uma cadeia integrada de valor para a produção de energia solar, que inclui a produção de componentes chave como células e módulos solares. A LG vê na energia solar uma nova forma de crescimento, estando a investir significativamente nesta área em termos de Investigação & Desenvolvimento e tendo, inclusive, estabelecido uma unidade de negócio dedicada às células solares. Em Outubro de 2008, a LG anunciou o plano de conversão da sua linha de produção de Plasmas A1 em linhas de produção de células solares. A multinacional está a investir mais de 160 mil milhões de dólares no estabelecimento destas duas linhas de produção solar, que entrarão em funcionamento no primeiro trimestre de 2010. Cada linha terá uma capacidade anual de 120 megawatts.
Os peritos da indústria prevêem que as células solares de silício cristalino irão representar cerca de 80 por cento de toda a indústria solar até 2010, ultrapassando as células solares de películas finas. As células solares de silício cristalino têm como base as placas de silício, enquanto as células solares de películas finas são compostas por depósitos semicondutores e camadas de eléctrodos de diferentes materiais. Tipicamente, os custos de produção das células solares de películas finas são baixos quando comparados com os do silício compacto, mas são também menos eficientes. Actualmente, o mercado da indústria solar global está avaliado em mais de dez mil milhões de dólares.