Estudo da McAfee mostra que recessão global está a aumentar os riscos para a propriedade intelectual
Segundo o estudo “Unsecured Economies: Protecting Vital Information” da McAfee, a recessão estar a colocar em risco, como nunca antes, informações vitais.
Investigadores do Center for Education and Research in Information Assurance and Security da Purdue University analisaram respostas provenientes de mais de 800 Chief Information Officers (CIOs) de todo o mundo, nomeadamente Estados Unidos da América, Reino Unido, Alemanha, Japão, China, Índia, Brasil e Dubai. Esta investigação debruçou-se pela informação vital originada pela propriedade intelectual, por onde está armazenada globalmente e pela forma como é transferida e perdida. As empresas inquiridas estimam que perderam, durante o ano passado, um total de 4,6 mil milhões de dólares em propriedade intelectual e que gastaram aproximadamente 600 milhões de dólares para reparar danos causados pela violação de dados. Tendo por base estes números, a McAfee acredita que as empresas de todo o mundo perderam mais de um trilião de dólares no último ano.
“As empresas estão a subestimar indevidamente as perdas e o valor da sua propriedade intelectual. Tal como o ouro, os diamantes ou o petróleo, a propriedade intelectual é uma moeda de troca transaccionada internacionalmente que, quando roubada, pode ter um grave impacto económico,” afirma Eugene Spafford, professora de Ciências Computacionais na Purdue University e directora executiva da CERIAS.
Os entrevistados estão nitidamente preocupados com a crise financeira global e com o seu impacto na segurança de informação vital, como a propriedade intelectual. 39 por cento dos entrevistados acreditam que essa informação vital está mais vulnerável ao actual clima económico do que anteriormente.
Os países em desenvolvimento estão mais motivados e investem mais na protecção da sua propriedade intelectual que os seus parceiros ocidentais. O Brasil, a China e a Índia gastaram mais dinheiro em segurança que a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos da América e o Japão. 74 por centro dos chineses e 68 por cento dos iIndianos entrevistados investiram na segurança da sua propriedade intelectual para ganhar vantagens competitivas.
A propriedade intelectual tornou-se num alvo importante para os cibercriminosos e os especialistas referem que tem havido um aumento no número de intrusões em dados empresariais por parte destes criminosos. Os cibercriminosos estão a visar cada vez mais os executivos utilizando técnicas sofisticadas de phishing. A maior preocupação para cerca de 39 por cento dos inquiridos foi a protecção da sua propriedade intelectual.
Um número crescente de colaboradores endividados está a utilizar os seus acessos a dados empresariais para roubar informação vital. À medida que o trabalho legítimo vai escasseando ou desaparecendo, cidadãos desesperados à procura de emprego ou “ciberespiões” estão a roubar informações empresariais para se tornarem mais valiosos no mercado de trabalho. 42 por cento dos entrevistados afirmaram que os colaboradores deslocados se tornaram na maior ameaça à informação vital.
As percepções geopolíticas estão a influenciar a realidade das políticas de dados. A China, o Paquistão e a Rússia foram identificados pelas empresas inquiridas como zonas problemáticas a nível jurídico, cultural e económico. 26 por cento dos inquiridos evitam propositadamente guardar a sua propriedade intelectual na China. Mas 47 por cento dos chineses inquiridos acreditam que os Estados Unidos da América são a maior ameaça à sua propriedade intelectual.