O ano de 2008 foi para o grupo Jerónimo Martins um marco no seu percurso, com a obtenção de uma ampliada dimensão e com o reforço da competitividade dos seus modelos de negócio. O resultado líquido de 2008 situou-se nos 163,2 milhões de euros, o que representa um significativo crescimento de 24,3 por cento relativamente a 2007, em consequência do aumento do volume de vendas na generalidade das áreas de negócios, da implementação rigorosa do plano de investimento e dos ganhos de eficiência e de escala obtidos.
Para Alexandre Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins, “os excelentes resultados alcançados em 2008 espelham o novo patamar da escala de funcionamento das operações do grupo e a correcta adequação das propostas de valor das nossas insígnias às actuais necessidades dos consumidores”.
O grupo considera que foram determinantes para estes resultados a aquisição das lojas Plus, 77 em Portugal e lojas na Polónia, a conversão das 37 lojas compactas Feira Nova para Pingo Doce e o cumprimento do plano de abertura de novas lojas no retalho alimentar, que se traduziu em 17 novos Pingo Doce e 154 Biedronka, cujos parques atingiram, no final do ano, um total de 1.752 lojas.
As vendas consolidadas do grupo registaram o significativo crescimento de 28,9 por cento para os 6.893,7 milhões de euros. Numa base comparável (like-for-like - LFL), as vendas cresceram 11,2 por cento no Pingo Doce, 4,5 por cento no Recheio e 20,2 por cento na Biedronka.
A subida para um novo nível de dimensão de operações (mais 403 lojas do que em 2007) resultou, segundo o grupo, em efeitos muito positivos no aumento da eficiência, com o EBITDA consolidado a registar um forte crescimento de 34,6 por cento em relação ao ano anterior, atingindo os 473 milhões de euros.
O plano de investimento da Jerónimo Martins atingiu os 874,2 milhões de euros, incluindo a aquisição das operações Plus, com a Biedronka a absorver 58,2 por cento da verba total. A aposta no programa de expansão absorveu 78,4 por cento do investimento realizado.
Relativamente às perspectivas para 2009, Alexandre Soares dos Santos, embora mantenha “uma atitude de prudência”, acredita “na força dos modelos de negócio desenvolvidos pelo grupo, bem como na sustentabilidade das suas vantagens competitivas”, esperando que “o foco permanente na eficiência seja potenciado pela acrescida escala das operações”.
Em Portugal, e apesar da incerteza sobre a evolução da situação económica, mantém-se a expectativa de que o Pingo Doce continue a superar a média do sector, recolhendo os benefícios da integração da Plus.