A crise económica forçou a Pioneer a tomar uma série de medidas de reestruturação, entre elas um realinhamento de todo o seu portfólio de produtos, que contempla o abandono da produção de painéis de televisores plasma, e redefinir a sua estrutura de negócio.

A Pioneer irá retirar-se do segmento de mercado ecrãs planos, tanto de plasmas como de LCD, em Março de 2010, continuando a garantir todos os serviços de pós venda e o cumprimento de todas as garantias dos produtos. De acordo com a empresa, esta área representa apenas 15 por cento da facturação total da Pioneer Corporation

Entre as medidas adoptadas estão também programas de reformas antecipadas e a redefinição das suas estruturas de vendas. Desde Março de 2008 que a Pioneer reduziu 5.900 postos de trabalho, contando, no final de 2008, com 36.900 colaboradores em todo o mundo. Contudo, a Pioneer tem sido fortemente afectada pela mudança dramática das condições económicas globais e prevê registar, no ano fiscal de 2009, perdas recorde.

Para contornar esta situação, a Pioneer decidiu implementar novas medidas de reestruturação do negócio. Na área de Home Electronics, a Pioneer vai continuar a desenvolver produtos de áudio, equipamentos de DJ, focando-se na sua especialização na área do som. Quanto ao negócio do disco óptico, a Pioneer está a estudar uma potencial joint-venture para reforçar a sua posição no mercado. A Pioneer está determinada a recuperar a liderança na área de Car Electronics, negócio que pretende mais uma vez revolucionar.

As mudanças que a Pioneer está já a implementar visam melhorar a estrutura operacional e a rentabilidade da empresa. No sentido de melhorar a eficiência de produção, a rede de fábricas vai ser integrada e reduzida em 30 por bcento. Em relação às estruturas comerciais, a Pioneer vai também proceder a reajustamentos na área de Home ELectronics. Adicionalmente, planeia rever as funções administrativas e de Investigação e Desenvolvimento para acompanhar a sua nova estrutura de negócio.

Com esta reestruturação, a Pioneer está determinada a recuperar a sua rentabilidade. A reestruturação vai provocar uma redução global do número de colaboradores, de aproximadamente seis mil funcionários permanentes e de quatro mil temporários.

Não se sabe ainda se esta reestruturação, vai afectar a operação da empresa em Portugal. Segundo avança a rádio M80, a Pioneer Portugal ainda não foi notificada se existirão despedimentos em Portugal e está a aguardar esclarecimentos. Recorde-se que, para além da operação comercial, a empresa tem em Portugal uma fábrica, no Seixal, que dá emprego a 200 pessoas.