Rendas nas principais localizações de comércio contrariam efeitos da crise global
Durante 2008, 94 por cento das 236 principais localizações de retalho a nível mundial registaram aumentos ou estabilizações dos valores de rendas, contrariando os efeitos da crise económica global.
Esta é uma das conclusões da 23.ª edição do estudo “Main Streets Across the World”, levado a cabo anualmente pela consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W).
A 5.ª Avenida na cidade de Nova Iorque é, mais uma vez, a localização de retalho mais cara do mundo, onde os retalhistas pagam 12.612 euros por metro quadrado por ano, o que representa um aumento de 23 por cento desde 2007.
As localizações mais caras, tais como Hong Kong, Paris, Milão e Dublin, constituem o top 5, tendo Londres e Tóquio descido para as sexta e sétima posições respectivamente. A cidade de Dublin foi a que teve a maior subida no top 10, com a Grafton Street a subir duas posições no ranking, tendo entrado no grupo das cinco localizações de comércio mais caras do mundo. O valor de renda anual nesta rua é de 5.621 euros por metro quadrado.
Segundo Sandra Campos, Partner e directora do departamento de retalho da Cushman & Wakefield em Portugal, “a procura contínua de espaços prime para retalho é guiada por vários factores. Para os retalhistas de luxo, é essencial estarem presentes nas ruas de maior prestígio mundial para o seu posicionamento, mesmo que não tenham o retorno financeiro esperado dessas lojas. O facto de uma marca de roupa estar nos locais mais importantes do mundo, leva a vendas através de outros canais, como a Internet, e à venda de outro tipo de produtos associados às marcas como perfumes e acessórios”.