Consumo deverá aumentar pelo segundo ano consecutivo. Em média, cada português deverá gastar 300 euros, mais 10 por cento que em 2014
Pela primeira vez nos últimos cinco anos, cada português deverá gastar 301 euros em compras de Natal. A conclusão é de um estudo realizado pelo IPAM – The Marketing School que analisa o comportamento dos consumidores durante a quadra natalícia. Os consumos de Natal deverão aumentar mais de 10 por cento face ao valor médio apurado em 2014 e que havia ficado pelos 279 euros. Prevê-se, assim, que em 2015 os gastos possam estabelecer um novo máximo desde 2010, ano em que cada português desembolsou, em média, 373 euros.
Do estudo levado a cabo pela escola de marketing ressalta um outro dado inédito desde que este trabalho anual é realizado: são em maior número os consumidores que referem que vão gastar mais face a 2014 (18 por cento) do que aqueles que vão gastar menos (13 por cento). Apesar da fatura a pagar pelos presentes ser superior face aos valores dos últimos anos, a verdade é que a maioria deverá circunscrever a oferta de presentes ao núcleo familiar. Apenas um em cada três inquiridos (34 por cento) planeia oferecer prendas a amigos. No que toca à escolha dos presentes a oferecer, o estudo constata aquilo que já vem sendo tradição: brinquedos (32 por cento) para as crianças; roupa e sapatos (33 por cento) para adolescentes e adultos.
Mais portugueses à espera dos saldos para comprar presentes
Apesar dos centros comerciais continuarem a ser os espaços de eleição para as compras de Natal, o estudo do IPAM mostra que o comércio de rua e a Internet ganham cada vez mais adeptos: cerca de um em cada quatro inquiridos (22,1 por cento) deverá efetuar as suas compras exclusivamente num destas opções de comércio. A maioria dos consumidores (81,6 por cento) realizará as suas compras, como é tradição, durante o mês de dezembro, ainda que 14,4 por cento refira que só comprará os presentes no período de saldos, após a celebração da quadra. Curiosamente, e apesar dos sinais de retoma do consumo, trata-se da maior percentagem desde 2009, ano em que, pela primeira vez, o IPAM - The Marketing School leva a cabo o estudo. Realizado entre 30 de novembro e 11 de dezembro, com base em 460 inquéritos válidos, o trabalho de investigação foi coordenado por Mafalda Ferreira, docente do IPAM.