A Miró reuniu esta quinta-feira, dia 26 de Maio, a imprensa espanhola para explicar a sua situação actual e detalhar planos para o futuro, nos quais se inclui o levantamento do concurso de credores apresentado na semana passada.
Segundo as revistas especializadas espanholas, o presidente da Establiments Miró justificou a decisão tomada pelas perdas sofridas no primeiro trimestre, de 10,1 por cento em Janeiro, 17,8 por cento em Fevereiro e 24,4 por cento em Março, comparativamente ao período homólogo de 2010. “Não se podem suportar estas baixas, mas que uma crise isto é um tsunami”, caracterizou Francesc Miró. “Por este motivo, tomámos esta decisão que estou convencido que é a melhor. Isto assegura o futuro, outra opção que não fosse esta era uma ruína”.
A Miró vai agora passar por um processo de reestruturação, que passa por negociar a renda de algumas das suas lojas especialmente nos centros comerciais. Da estratégia faz também parte a aposta na comercialização de produtos e serviços que sejam rentáveis, nomeadamente as vendas de garantias, nos clientes mais fiéis e outras opções que estão a ser estudadas pela empresa.
Relativamente às lojas, das 138 que actualmente possui, 35 vão ser equacionadas para venda. A Miró quer ficar com o maior número de pontos de venda possível, mas as menos rentáveis ou que apresentem prejuízos serão vendidas a empresas deste ou de outro sector. Como condição para a venda, assegurou Francesc Miró, está o compromisso, por parte do comprador, de garantir a totalidade dos postos de trabalho criados em cada estabelecimento.