A compra e venda de produtos em segunda mão constitui hoje uma das facetas da democratização do comércio. Independentemente da categoria de produto, os inquiridos são hoje mais numerosos a pensar vender produtos usados do que antes e produtos que não figuravam entre os mais vendidos, por razões logísticas, como por exemplo mobiliário ou electrodomésticos, serão no futuro vendidos por mais de um terço dos europeus.
Segundo o Observador Cetelem, os alemães e britânicos fortalecerão a sua posição de campeões europeus do usado mas serão, de forma surpreendente, alcançados pelos portugueses e polacos. Com efeito, embora actualmente o façam muito pouco, estes últimos mostram-se muito favoráveis à revenda futura de artigos em segunda mão. Mais do que um em dois portugueses inquiridos declara que será vendedor, no futuro, de produtos electrónicos, culturais, electrodomésticos e mobiliário, percentagem que atinge 71 por cento no que diz respeito ao automóvel.
Com excepção dos húngaros, que não pensam renovar a sua experiência, todos os outros países verão a sua comunidade de revendedores particulares aumentar, sinal de que “quando se vendeu, voltar-se-á a vender".