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Disco, um mercado riscado?
2007-04-23

A indústria de discos está a passar por uma "crise" em Portugal, tendo apresentado uma variação negativa, em 2006, de 9,7 por cento em quantidade e 14 por cento em valor, segundo os dados da Nielsen. Mas esta é uma tendência que se verifica também em outros países e que levou a um estudo mais aprofundado sobre os hábitos de consumo deste sector.

Segundo os dados referentes ao painel auditado pela Nielsen, no ano passado, foram vendidas, em Portugal, 4.069.676 unidades de discos de música, equivalendo a um valor de 50.548.325 euros. Em relação aos DVD's de música, foram vendidas 609.219 unidades, num valor de 9.429.783 euros. Estes produtos apresentaram, assim, um crescimento em volume de 16,4 pontos percentuais mas um decréscimo em valor de menos 2,5 pontos, em relação ao ano anterior.

Este cenário não é, contudo, exclusivo do mercado nacional, uma vez que a tendência de evolução negativo do mercado de disco atravessa outros países. Em França, por exemplo, o sector está em decréscimo há quatro anos e apresenta números ainda mais negativos que os portugueses, com um recuo de 19,1 por cento em volume e de 14,4 por cento em valor, no final de 2006. Numa tentativa de dinamizar o sector e contrariar esta curva negativa, o Sindicato dos Retalhistas Especializados de Disco encomendou um estudo à GFK França para entender melhor os hábitos de consumo de discos dos franceses. O estudo foi realizado junto de 600 compradores de discos ou ficheiros, em Janeiro de deste ano.

Produto valorizado

Na sua maioria (66%), os compradores escutam a música de modo sedentário. 80 por cento dos consumidores valoriza a compra de discos, porque se trata de um produto "que dura, é apreciado e pode servir de oferta". Esta é uma compra maioritariamente pensada, uma vez que apenas 39 por cento dos consumidores compra discos de música por impulso. O consumidor está disposto a pagar por quatro mais valias, o artista, a qualidade de som, um DVD bónus e a informação (como fonte de informação para o comprador de fim de catálogo).

Conheça as restantes conclusões do estudo na edição impressa da Rm-Revismarket


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L.Branca/PAE

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