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Procura por tecnologia de consumo deve continuar a crescer a nível mundial apesar do contexto económico
2012-09-17

A aquisição de smartphones, tablets e computadores vai continuar a crescer em todo o mundo apesar do contexto económico, devendo registar-se um número recorde de compra destes equipamentos no final de 2012, conclui o Tecnhology, Media and Telecommunications Predictions, estudo da Deloitte que apresenta as previsões nas áreas de tecnologias, media e telecomunicações.

Em Portugal, ainda que com resultados moderadamente expressivos, reflecte-se esta tendência, com 24 por cento dos portugueses a pretenderem adquirir um smartphone e 13 por cento um tablet, avança o TMT Predictions.

Mesmo com orçamento limitado, os consumidores tendem a geri-lo de forma a poderem adquirir produtos que os permitam continuar “conectados”; significando que terão preferência em gastar menos dinheiro, para que não tenham de abdicar da compra de equipamentos como uma televisão ou computador. Neste contexto, estão também criadas as condições para que uma determinada pessoa detenha mais que um smartphone e tablet. No caso português, mais de 50 por cento da população urbana (de Lisboa e do Porto), com acesso à Internet, tem um smartphone, entre os quais 13 por cento possuem dois equipamentos.

Para a crescente aquisição deste tipo de telemóveis contribui a tendencial redução do seu preço. Desta forma, no panorama internacional, o TMT Predictions prevê que sejam adquiridos mais de 500 milhões de smartphones com valor igual ou abaixo dos 76 euros; em Portugal, caso o valor se fixasse em 50 euros, cerca de 74 por cento dos inquiridos afirma que teria maior apetência para comprar um smartphone, sendo que oito por cento compraria um segundo equipamento.

Comportamento do mercado publicitário e audiências

No que diz respeito a televisão, apesar das inovações ao nível de acesso e da multiplicação da oferta, a transmissão em tempo real domina as preferências, com uma percentagem de 95 por cento, dado que os espectadores se regem pela programação para guiar o seu consumo, independentemente do suporte que utilizam (TV, telemóvel, computador) ou da via (satélite, linha telefónica ou cabo). O caso português acompanha a tendência internacional, com 49 por cento dos inquiridos a preferirem assistir aos programas de televisão em tempo real.

No entanto, como grande parte das pessoas não gosta de perder os seus programas de televisão favoritos, a utilização de tablets e smartphones veio facilitar o visionamento em trânsito (por exemplo nas viagens diárias de comboio), principalmente graças a conteúdos previamente descarregados, sendo que esse consumo continuará a ser feito na sua esmagadora maioria até 24 horas após a sua emissão. De acordo com as previsões, estes equipamentos serão cada vez mais utilizados por pessoas em viagem no dia-a-dia, sobretudo por jovens. Prevê-se que através de smartphones e tablets se assista a mais de cinco mil milhões de horas de televisão ao longo de viagens em transportes públicos. Em Portugal, no entanto, a utilização destes equipamentos para ver televisão ainda é pouco expressiva (75 por cento dos inquiridos nunca utilizaram o smartphone e 55 por cento o tablet para ver TV).

Estas tendências reflectem também o panorama para o futuro próximo da publicidade e vertentes específicas da mesma. A verdade é que, apesar de aparentemente se mostrarem mais eficazes pela utilização do melhor da TV e das novas tecnologias, os anúncios direccionados e personalizados em televisão representarão menos de um décimo de um por cento das receitas totais de publicidade. De acordo com o Tecnhology, Media and Telecommunications Predictions, os custos elevados da produção levam a que muitos publicitários se mostrem relutantes quanto à criação de várias versões do mesmo anúncio, facto que contribui para sustentar o ainda grande volume de publicidade tradicional em televisão.

Fim da Internet sem limites

Outra conclusão do TMT Predictions 2012 traça um cenário impensável até há pouco tempo, o do fim da Internet sem limites de tráfego, a fim de evitar o congestionamento das redes. Apesar de parecer um retrocesso, a aplicação de limites não deverá afectar a esmagadora maioria dos consumidores, uma vez que apenas um pequeno grupo tira o máximo partido do tráfego disponível.

Uma alternativa são os aparelhos que permitem a transmissão de dados a curta distância (informações leves como fotos, vídeos, músicas e outros ficheiros) através de Bluetooth ou USB wireless. O estudo prevê mesmo que cerca de 80 por cento do tráfico será wireless, o que poderá libertar recursos e contribuir para uma maior eficácia nas comunicações. Neste contexto, Miguel Eiras Antunes, partner da Deloitte, nota que em Portugal esse mecanismo já é aplicado através da limitação da velocidade de navegação após um certo volume de tráfego, especialmente na área móvel, onde existe uma cada vez maior apetência e utilização para acesso à Internet.

A publicidade conhece, com as novas tecnologias e realidade de consumo, uma nova perspectiva para a vertente online que, face a um crescimento de cinco por cento da publicidade em meios tradicionais, destacar-se-á com um crescimento de 11 por cento. O TMT Predictions prevê também um crescimento de 50 por cento por ano do branding online, à medida que os marketeers se aperceberem e investirem no verdadeiro potencial desta ferramenta para a construção de valor de uma marca.

No que diz respeito às redes sociais e aos jogos sociais, o rápido crescimento no passado vai dar lugar a um abrandamento das receitas em cerca de 20 por cento. Em suma, conforme as previsões da Deloitte, no final do ano deverão restar apenas os melhores jogos, sendo que tendencialmente deverá ser aplicado o princípio do jogador-pagador. Em Portugal, apesar de 49 por cento dos inquiridos dizer gastar entre uma a três horas por dia para jogos online, apenas uma pequena percentagem de 10 por cento efectivamente investe dinheiro nestes jogos.

Para além destes jogos, surgiram no online uma série de novos agregadores de descontos. De novidade à grande proliferação, o número de novas pessoas inscritas em newsletters deste género será cada vez menor, bem como o número de intermediários, prevê o Tecnhology, Media and Telecommunications Predictions 2012. No caso português, no entanto, este tipo de plataformas continua a ter sucesso, com grande parte dos inquiridos (64 por cento) a receberem mais de três newsletters no seu e-mail.

As novas tecnologias permitem também uma nova forma de conectividade, novos serviços e possibilidades. É o caso da utilização da tecnologia NFC (Near Field Communication) que, segundo o estudo da Deloitte, potencia, por exemplo, os pagamentos online. Em Portugal, 74 por cento gostaria de efectuar pagamentos directamente com o seu telemóvel, contra 26 que não o desejariam fazer, sobretudo, por razões de segurança.

As aplicações conheceram, até agora, um grande crescimento e deverão ascender os dois milhões disponíveis nas lojas online em 2012, face ao um milhão disponível no final de 2011. Contudo, reforça a Deloitte nas suas previsões, a tendência para download (pago ou gratuito) é cada vez menor a nível mundial, ao passo que, a nível nacional, ainda uma grande percentagem (42 por cento) descarrega entre duas e cinco aplicações por mês.

Numa área diferente mas interessante, a Deloitte assinala, neste estudo, a afirmação das impressoras 3D no mercado, sobretudo industrial, que registam um crescimento superior a 100 por cento face a 2011. Este tipo de impressora, que replica fisicamente os objectos projectados, registará também um incremento junto de nichos como artífices amadores ou actividades que necessitem de prototipagem; ainda assim, este tipo de equipamento surgirá como complemento, e não como substituto. Apesar desta tendência internacional, em Portugal cerca de 47 por cento diz ainda não conhecer esta tecnologia.


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L.Branca/PAE

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