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Análise ao sector Electro, realizada no Encontro 2012
2012-04-09

No Encontro 2012, mais de 80 profissionais juntaram-se para fazer uma análise SWOT do mercado Electro em Portugal. Os resultados foram publicados na revista impressa e aqui fica um resumo dos principais pontos.

1) Principais alterações que o mercado tem vindo a sofrer

- Novos canais, alguns dos quais esmagadores de margens

- Maior acesso à informação e nível de conhecimento do consumidor

- Ciclo de vida dos produtos mais curtos, com consequências no aumento do grau de obsolescência e numa gestão eficiente dos stocks

- Inovação constante

- Revisão dos layouts das lojas, para uma maior proximidade e contacto com o consumidor

- Aumento da oferta e sua segmentação

- Maiores níveis de concentração, com reflexos ao nível do aumento da área e diminuição do número de pontos de venda

2) Características do mercado Electro no contexto actual

- Maiores níveis de concentração, com reflexos ao nível de um maior poder negocial da distribuição mas também do encerramento de muitas lojas independentes

- Quebra na procura e consequente redução dos volumes de vendas

- Cliente muito bem informado e mais profissional

- Indisciplina ao nível dos preços, com a sua constante depreciação, prevalência do preço mais baixo no processo de decisão e consequente redução das margens

- Frequência excessiva de campanhas

- Pontos de venda mais atractivos

- Mercado mais dinâmico e polarizado

- Redução dos serviços

- Importância do prescritor

- Desenvolvimento das marcas de distribuição

3) Tendências de futuro do mercado Electro

- Internet (menor importância do factor geográfico, aumento das vendas através deste canal, menor importância do horário de funcionamento)

- Especialização do mercado e valorização dos equipamentos high-tech

- Atenção ao “target” jovem e menor fidelidade por parte do consumidor

- Diversificação e novas formas de qualidade de serviço

- Redução do comércio individual

- Maior valor por um menor preço

- Reforço da proximidade

- Importância da formação

4) Fraquezas das empresas do sector

- Localização e dimensão das lojas

- Horários de funcionamento

- Falta de capital e de liquidez

- Falta de formação

- Resistência à mudança

- Baixa presença online

- Individualismo

- Atitude: “a culpa é sempre dos outros”

5) Pontos fortes das empresas do sector

- Serviços

- Redes e associativismo

- Humanização da compra, proximidade, confiança e tradição

- Competências da força de vendas

- Disponibilidade e celeridade

6) Ameaças ao sector

- Excesso de campanhas

- Marcas brancas

- Conjuntura económica agravada pela situação do crédito

- Questão da sucessão

- Possível saída de marcas e diminuição do portfólio e qualidade

- Credibilidade de preços

- Globalização

- E-commerce e desmaterialização do sector

- Falta de regulação do mercado

7) Oportunidades para o sector

- Extensão dos horários de funcionamento

- Alteração do perfil do consumidor

- Ecologia

- Produtos personalizados

- Novos produtos

- Plataformas digitais e online como complemento do negócio

- Proximidade com o consumidor e estabelecimento de uma relação de confiança

- 5 anos de garantia

- Reestruturação do modelo de negócio

- Parcerias e repartição do risco

- Mão de obra qualificada a preços competitivos

Acções a implementar

- Escolher os canais de comunicação adequados e melhorar os existentes

- Melhorar a experiência do consumidor na loja, através da dinamização de workshops e da experiência dos produtos

- Apostar mais na formação

- Reestruturação do modelo de negócio numa lógica de especialização para potenciar o que este sector sabe fazer bem

- Criar sentimentos positivos nas organizações

- Ter confederações que consigam proteger e impulsionar o mercado

- Colaborar com fornecedor/parceiro no sentido de criar uma loja online e limitar custos

- Passar a mensagem e promover um grupo de trabalho multidisciplinar que continue este processo de uma forma organizada

- Debater por alterar o horário laboral

- Debater para acabar com a concorrência desleal

- Criar uma entidade reguladora

- Copiar “bem” exemplos de outros países

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