No Encontro 2012, mais de 80 profissionais juntaram-se para fazer uma análise SWOT do mercado Electro em Portugal. Os resultados foram publicados na revista impressa e aqui fica um resumo dos principais pontos.
1) Principais alterações que o mercado tem vindo a sofrer
- Novos canais, alguns dos quais esmagadores de margens
- Maior acesso à informação e nível de conhecimento do consumidor
- Ciclo de vida dos produtos mais curtos, com consequências no aumento do grau de obsolescência e numa gestão eficiente dos stocks
- Inovação constante
- Revisão dos layouts das lojas, para uma maior proximidade e contacto com o consumidor
- Aumento da oferta e sua segmentação
- Maiores níveis de concentração, com reflexos ao nível do aumento da área e diminuição do número de pontos de venda
2) Características do mercado Electro no contexto actual
- Maiores níveis de concentração, com reflexos ao nível de um maior poder negocial da distribuição mas também do encerramento de muitas lojas independentes
- Quebra na procura e consequente redução dos volumes de vendas
- Cliente muito bem informado e mais profissional
- Indisciplina ao nível dos preços, com a sua constante depreciação, prevalência do preço mais baixo no processo de decisão e consequente redução das margens
- Frequência excessiva de campanhas
- Pontos de venda mais atractivos
- Mercado mais dinâmico e polarizado
- Redução dos serviços
- Importância do prescritor
- Desenvolvimento das marcas de distribuição
3) Tendências de futuro do mercado Electro
- Internet (menor importância do factor geográfico, aumento das vendas através deste canal, menor importância do horário de funcionamento)
- Especialização do mercado e valorização dos equipamentos high-tech
- Atenção ao “target” jovem e menor fidelidade por parte do consumidor
- Diversificação e novas formas de qualidade de serviço
- Redução do comércio individual
- Maior valor por um menor preço
- Reforço da proximidade
- Importância da formação
4) Fraquezas das empresas do sector
- Localização e dimensão das lojas
- Horários de funcionamento
- Falta de capital e de liquidez
- Falta de formação
- Resistência à mudança
- Baixa presença online
- Individualismo
- Atitude: “a culpa é sempre dos outros”
5) Pontos fortes das empresas do sector
- Serviços
- Redes e associativismo
- Humanização da compra, proximidade, confiança e tradição
- Competências da força de vendas
- Disponibilidade e celeridade
6) Ameaças ao sector
- Excesso de campanhas
- Marcas brancas
- Conjuntura económica agravada pela situação do crédito
- Questão da sucessão
- Possível saída de marcas e diminuição do portfólio e qualidade
- Credibilidade de preços
- Globalização
- E-commerce e desmaterialização do sector
- Falta de regulação do mercado
7) Oportunidades para o sector
- Extensão dos horários de funcionamento
- Alteração do perfil do consumidor
- Ecologia
- Produtos personalizados
- Novos produtos
- Plataformas digitais e online como complemento do negócio
- Proximidade com o consumidor e estabelecimento de uma relação de confiança
- 5 anos de garantia
- Reestruturação do modelo de negócio
- Parcerias e repartição do risco
- Mão de obra qualificada a preços competitivos
Acções a implementar
- Escolher os canais de comunicação adequados e melhorar os existentes
- Melhorar a experiência do consumidor na loja, através da dinamização de workshops e da experiência dos produtos
- Apostar mais na formação
- Reestruturação do modelo de negócio numa lógica de especialização para potenciar o que este sector sabe fazer bem
- Criar sentimentos positivos nas organizações
- Ter confederações que consigam proteger e impulsionar o mercado
- Colaborar com fornecedor/parceiro no sentido de criar uma loja online e limitar custos
- Passar a mensagem e promover um grupo de trabalho multidisciplinar que continue este processo de uma forma organizada
- Debater por alterar o horário laboral
- Debater para acabar com a concorrência desleal
- Criar uma entidade reguladora
- Copiar “bem” exemplos de outros países