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Mercado europeu de produtos tecnológicos cresce ligeiramente no 1.º trimestre
2011-06-07

Os consumidores da Europa Ocidental investiram cerca de 48,8 mil milhões de euros em produtos tecnológicos de consumo no primeiro trimestre de 2011. Este montante demonstra um crescimento moderado de 0,4 por cento, comparativamente com o mesmo período do ano passado, segundo os dados GfK TEMAX.

As tecnologias de informação (TI) e os pequenos e grandes domésticos permaneceram como os melhores sectores nos primeiros três meses do ano.

Os maiores crescimentos foram registados nos mercados austríaco e alemão. Em sentido contrário caminharam os países do Sul da Europa, que mostraram perdas de dois dígitos, casos da Espanha e da Grécia.

O mercado das TI foi aquele onde as vendas mais cresceram no primeiro trimestre, cerca de 7,6 por cento. Já nos pequenos domésticos, a subida foi de 4,1 por cento e nos grandes domésticos o aumento foi de 1,1 por cento.

Todos os outros sectores mostraram tendências negativas. O mercado da fotografia caiu 1,9 por cento, o do equipamento de escritório e consumíveis perdeu 2,5 por cento e o das telecomunicações contraiu 3,7 por cento. A maior queda verificou-se, contudo, na electrónica de consumo, que viu as vendas encolherem 5,8 por cento.

Tecnologias da informação, uma história de sucesso

As tecnologias da informação continuaram a sua história de sucesso, gerando vendas no valor de 14,3 mil milhões de euros neste primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 7,6 por cento. Os mercados alemão, sueco, austríaco e holandês registaram um crescimento de dois dígitos, sendo seguidos pelos mercados francês, britânico e italiano. Em contrapartida, o mercado belga e o espanhol demonstraram uma quebra moderada e o português e o grego uma descida significativa.

Os principais mercados europeus estão a beneficiar das aquisições para substituição que os clientes empresariais ainda estão a fazer. Em adição ao equipamento básico, como os computadores e os monitores, os componentes de redes e de armazenamento também estão a ser muito procurados.

Em Portugal, Espanha e na Grécia, o desenvolvimento positivo foi complicado pelos desafios económicos e políticos, na medida em que as empresas e organismos públicos refrearam os seus investimentos. A GfK espera que, no decurso do ano, a procura local possa estabilizar devido à descida no desemprego e à recuperação económica global.

Do lado do consumidor, o claro vencedor foi o tablet. A curiosidade para com esta nova geração de produtos levou a uma subida substancial nos volumes de vendas. Os periféricos e os acessórios também tiveram um desenvolvimento positivo.

Globalmente, a GfK Retail and Technology prevê uma segunda metade do ano positiva nos mercados de consumo da Europa Ocidental, com um crescimento situado entre os três e os cinco por cento para o total do ano.

Pequenos domésticos mantêm tendência positiva

Os consumidores europeus investiram um total de 3,7 mil milhões de euros em pequenos domésticos neste primeiro trimestre, o que significa um crescimento homólogo de 4,1 por cento. Com excepção de Portugal, Espanha e Grécia, todos os países contribuíram para este crescimento.

As vendas no segmento das bebidas quentes foram particularmente positivas. As máquinas de café expresso totalmente automáticas regressaram aos crescimentos, após um 2010 estável, e os sistemas de cápsulas revelaram também um comportamento dinâmico.

As boas vendas em segmentos mais pequenos, como as máquinas de cozinha e as batedeiras, também contribuíram para o desempenho global dos pequenos domésticos. No segmento dos cuidados pessoais, notou-se um crescimento significativo nas escovas de dentes eléctricas e nas máquinas de barbear. Outro produto em destaque foram as depiladoras laser/IPL, que foram um dos motores do crescimento dos pequenos domésticos neste trimestre.

Os produtos de aspiração também estiveram em alta. Os aspiradores cilindro estabilizaram as suas vendas, mas os robots e os aspiradores de mão tiveram um crescimento substancial, estes últimos sobretudo devido ao crescimento no segmento dos recarregáveis. Um dos poucos segmentos com descida nas vendas foram os ferros a vapor tradicionais. Contudo, os geradores de vapor mantiveram o seu desempenho positivo.

Modelos mais eficientes em alta nos grandes domésticos

Por sua vez, o mercado dos grandes domésticos ganhou 1,1 por cento no primeiro trimestre, gerando o terceiro melhor desempenho na comparação com o ano passado. Não obstante, face ao último trimestre de 2010, este mercado manteve-se estável.

As vendas de grandes domésticos totalizaram 7,8 mil milhões de euros no primeiro trimestre. Os crescimentos robustos dos mercados austríaco, alemão, belga e britânico contrastaram com a queda abrupta dos mercados espanhol, português e grego.

Em todos os países, a tendência verificada na lavagem da roupa é a de modelos de maiores capacidades e mais eficientes do ponto de vista energético. Nestes primeiros três meses, mais de 25 por cento das vendas na Europa Ocidental envolveram produtos de classe A ou superior. Já os modelos de maiores capacidades representaram um quinto das vendas. No segmento dos secadores de roupa, os modelos com bomba de calor, mais eficientes, corresponderam a um quarto das vendas.

Os consumidores também optaram por produtos mais eficientes na compra dos equipamentos de frio. Por exemplo, a quota de mercado dos produtos de classe A++ chegou aos dois dígitos. A este respeito, destacou-se o mercado alemão.

Por sua vez, mais de um quarto de todas as máquinas de lavar a loiça vendidas neste trimestre na Europa Ocidental tinham um consumo de água até dez litros no programa standard. Esta tendência para produtos que gastam menos água foi particularmente positiva na Áustria, França e Espanha, onde a sua quota de mercado quase duplicou face ao primeiro trimestre de 2010.

Finalmente, no segmento das placas, um quarto os produtos vendidos na Europa Ocidental tinham a tecnologia de indução. Mesmo em países como a França e o Reino Unido, onde o gás é tradicionalmente usado para cozinhar, esta tendência começa a ser evidente.

Estabilidade nas câmaras digitais

As vendas no mercado de fotografia totalizaram 1,96 mil milhões de euros, o que significa uma descida de 1,9 por cento comparativamente com o primeiro trimestre de 2010. Os mercados austríaco, alemão e belga experimentaram crescimentos, contrastando com as quedas verificadas em todos os outros.

O segmento das câmaras digitais manteve-se estável no primeiro trimestre. Graças a funções adicionais, as câmaras compactas com lente fixa mantiveram o seu nível de preço. Já as reflex mostraram um forte crescimento, que no entanto não se reflectiu na globalidade do mercado.

Como consequência do crescimento nas câmaras fotográficas, também se verificou um maior interesse nos acessórios, sobretudo lentes, malas para transporte e tripés, nos principais mercados da Europa Ocidental.

Impressoras multifuncionais em crescendo

No mercado de equipamento de escritório e consumíveis, as vendas totalizaram 4,4 mil milhões de euros, o que significa uma descida de 2,5 por cento comparativamente com o período homólogo de 2010. Em certa medida, esta queda foi compensada pelo crescimento dos mercados austríaco e alemão.

Apesar dos equipamentos multifuncionais terem demonstrado uma tendência positiva, em termos de vendas, a queda nas impressoras puxou todo o sector dos equipamentos de escritório para baixo. Os problemas económicos nos países do Sul da Europa e a falta de confiança do consumidor ajudaram ao comportamento negativo.

As impressoras de jacto de tinta perderam gradualmente a sua quota de mercado, com as vendas a caírem perto de 30 por cento. Os consumidores privados mostraram pouco interesse neste segmento e escolheram comprar equipamentos de jacto de tinta multifuncionais, que representaram mais de 70 por cento das vendas. Notou-se um aumento nos equipamentos com função de fax, que contam para mais de um terço da quota de mercado.

As impressoras a laser, por sua vez, venderam-se bem nos países onde se sente uma maior confiança na economia. Este aumento das vendas é também um indicador do aumento de investimento por parte do segmento empresarial. Neste âmbito, apenas as impressoras laser a cores sofreram uma descida significativa em termos de vendas. Os modelos monocromáticos experimentaram uma subida pela primeira vez em dois anos, especialmente na Alemanha. Contudo, os preços médios depreciaram fortemente em comparação com o primeiro trimestre de 2010, afectando o “bottom line”. Os equipamentos multifuncionais a laser estiveram, por sua vez, em alta.

Smartphones crescem a um ritmo mais lento

No primeiro trimestre, o sector das telecomunicações testemunhou uma descida de 3,7 por cento face ao período homólogo de 2010, com as vendas a totalizarem cinco mil milhões de euros. A subsidiação dos preços continua a influenciar este mercado.

Enquanto as vendas totais de dispositivos móveis mantiveram-se constantes nos primeiros três meses, a procura pelos smartphones continuou a crescer. Quatro em cada dez equipamentos vendidos na Europa Ocidental são smartphones. Contudo, as taxas de crescimento deverão começar a refrear este ano. Dado que existem cada vez mais destes equipamentos no segmento de preço médio, abaixo dos 150 euros, o crescimento das vendas não reflectiu a popularidade dos equipamentos.

Contrariamente às vendas dos telefones sem fios, que estiveram ligeiramente negativas no último trimestre, as vendas de acessórios aumentaram 14 por cento e ajudaram a consolidar o mercado de telecomunicações.

Electrónica de consumo, “rainha” das perdas

Com as vendas a totalizarem 11,6 mil milhões de euros, o mercado de electrónica de consumo prosseguiu o seu percurso descendente, revelando uma quebra de 5,8 por cento face ao primeiro trimestre de 2010. Apesar da Bélgica e França terem conseguido crescer, a Grécia, Espanha e a Holanda sofreram perdas de dois dígitos.

Esta tendência negativa observada no primeiro trimestre era mais ou menos esperada pela indústria e distribuição, já que o crescimento verificado no ano passado tinha ficado a dever-se primariamente a factores externos. Por um lado, a transição do analógico para o digital e o switch-off em vários países forçou os consumidores a comprar um televisor com sintonizador digital. Por outro lado, este ano não existe nenhum grande evento desportivo que possa impactar o mercado.

Apesar da tendência globalmente negativa na electrónica de consumo, alguns segmentos destacaram-se pela positiva no primeiro trimestre, caso dos Blu-ray, 3D e grandes ecrãs. Os consumidores mostraram-se muito interessados no home cinema, o que beneficiou a venda dos produtos Hi-Fi.


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L.Branca/PAE

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