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Portugueses vão gastar menos de 600 euros este Natal
2007-12-03

Os gastos na época de Natal são um poderoso indicador do consumo. Mas o estudo anual da Deloitte, não deixa muitas razões para sorrir. Os dados apurados pela consultora mostram que os portugueses são dos europeus que menos vão gastar este Natal, estando o seu orçamento calculado nos 596 euros. Na hora de abrir os cordões à bolsa, deitam-se contas à vida e a importância dos bens alimentares sobrepõe-se à dos presentes.

De uma maneira geral, os europeus não esperam que 2008 seja um ano “dourado” para a economia e não prevêem uma melhoria do seu poder de compra. 41 por cento dos inquiridos pela Deloitte antevêem uma recessão económica e 53 por cento temem que o seu poder de compra decresça. Com a subida dos preços da alimentação, da energia e de outras “commodities”, os gastos com presentes, que em 2006 representavam 60 por cento do consumo total, irão diminuir, para os 50 por cento, de forma a permitir um equilíbrio do orçamento destinado ao Natal. Comparativamente com o ano passado, a visão pessimista da economia tornou-se ainda mais proeminente em Espanha, França e também em Portugal.

Não obstante, a tradição de festejar o Natal e o Fim de Ano continua profundamente enraizada na Europa, sobretudo o desejo de estar em família, expresso por mais de 80 por cento dos inquiridos. A Deloitte prevê, assim, um aumento médio do consumo no Natal em cerca de três por cento, mas Portugal ficará abaixo dessa média, apenas crescendo 1,4 pontos. 47 por cento dos portugueses, no entanto, afirma mesmo poupar durante o ano para estas compras.

Em Portugal, a maior parcela do orçamento das famílias continua a ser destinado aos presentes, embora se preveja uma diminuição do peso relativo destes no orçamento de Natal, enquanto que os gastos com bens alimentares irão subir de importância. Segundo as contas da Deloitte, os portugueses deverão gastar uma média de 276 euros em prendas, 216 euros em bens alimentares e 104 euros no seu entretenimento, como festas e restaurantes. No total, o orçamento chega aos 596 euros, mesmo assim acima do holandês, que ronda os 411 euros, mas muito longe do irlandês, que soma 1.139 euros.

Preço influencia a decisão

Tendo em conta este cenário, o preço é um dos factores que mais influencia a decisão dos portugueses. Cerca de 63 por cento são encorajados por promoções baseadas no preço, um valor acima da média europeia, situada nos 53 por cento. Os europeus são ainda tentados por promoções do tipo “pague um, leve dois” (15%).

Apesar de tudo, o preço não é o único factor tomado em consideração, tanto mais que este tende cada vez mais a ser alinhado nas diversas insígnias. Nesse sentido, a Deloitte defende que é essencial para os retalhistas a diferenciarem-se, apoiando-se em factores como a inovação, a amplitude da gama de produtos, a responsabilidade corporativa e o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

O horário alargado das lojas em época de Natal é, por outro lado, apreciado pelos consumidores (7%), o que levanta a questão do velho debate dos horários do comércio aos domingos e feriados.

Quanto ao período para as compras, apesar de as lojas se enfeitarem e lançarem as suas colecções e promoções cada vez mais cedo, a preferência dos consumidores é a segunda quinzena de Novembro e a primeira de Dezembro. Até porque, quanto mais perto do Natal, mais correm o risco de encontrar lojas cheias de gente, o factor que mais os frustra na hora de fazer as suas compras (54%).

Lista de presentes

Roupa (60%), livros (54%) e dinheiro (47%) são os presentes de Natal mais desejados pelos portugueses. Os consumidores mais jovens preferem o MP3, os telemóveis e os jogos electrónicos, enquanto que as crianças com menos de 12 anos querem as bonecas, figuras de acção e as construções. Os adolescentes portugueses irão receber, entre outros presentes, música/CD’s, leitores de MP3 e telemóveis.

Leia o desenvolvimento do artigo na edição de Natal da Revismarket e conheça os factores que encorajam os europeus a gastar mais.

Este ano, por toda a Europa, os livros vão ser o presente mais oferecido, assim como o mais esperado. Esta tendência poderá estar fortemente relacionada com a muito aguardada e bem orquestrada campanha que rodeia o último livro da série Harry Potter.

Independentemente da preferência, 2007 vai ser também um Natal mais ético. Uma grande maioria dos consumidores indica que está disposta a pagar mais por presentes em que estejam asseguradas as condições de produção, incluindo controlos de qualidade e práticas laborais éticas. 50 por cento dos europeus afirmam que são influenciados pelos métodos de fabrico e país de origem e 63 por cento não se importam de pagar mais por um produto ético.

Factores mais frustrantes na hora das compras

Lojas demasiado cheias: 54%

Filas: 31%

Produtos indisponíveis: 26%

Falta de ideias inovadoras para presentes: 19%

Pessoal de loja indisponível: 18%

Música na loja: 6%

Nada: 4%

Outros: 3%

Leia o desenvolvimento do artigo na edição impressa Especial Natal e conheça os principais factores que encorajam os europeus a gastar mais


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L.Branca/PAE

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