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Financiamento e obtenção de seguros de crédito mais difícil para as empresas portuguesas
2009-01-22

A agência de notação financeira Standard & Poors (S&P) colocou cortou o "rating" da dívida pública de Portugal de AA- para A+, depois de já o ter colocado em "vigilância com implicações negativas", justificando que as reformas estruturais delineadas pelo Governo são insuficientes para que o país continue a merecer a classificação anterior.

Portugal fica assim com um dos piores riscos da dívida da Zona Euro, precisamente o terceiro pior, em igualdade com a Itália e Chipre. Esta revisão significa uma deterioração no risco da dívida emitida por Portugal e custos mais elevados de financiamento, com repercussões imediatas na subida em flecha do custo dos seguros de crédito.

Por esta mesma razão, a ANIVEC/APIV, Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção, já pediu ao Governo e à União Europeia medidas de emergência de combate à dificuldade na obtenção do seguro de crédito. Segundo Orlando Lopes da Cunha, presidente da ANIVEC/APIV, “o seguro de crédito funciona como uma ferramenta essencial de apoio à gestão comercial das empresas, pelo que urge que o Governo e União Europeia implantem medidas de emergência para combate a esta nova dificuldade, que poderá paralisar a generalidade das empresas exportadoras”.

A ANIVEC/APIV sustenta o seu pedido no facto de que, perante o grave ambiente económico que o país e o mundo atravessam, os empresários portugueses mais dinâmicos terem sido confrontados com crescentes dificuldades na aquisição de matérias-primas que podem levar ao completo bloqueio nos seus negócios. “Os sinais de tal agravamento já são aparentes, daí resultando que a ANIVEC/APIV tem vindo a receber apelos de emergência por parte das empresas suas associadas, porque os fornecedores vêem cancelados os seus seguros nas suas vendas a Portugal”, acrescenta Orlando Lopes da Cunha.

O Governo apressou-se a reagir à descida do “rating” de Portugal pela S&P, sublinhando que não é caso único. De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças, a posição da agência é resultado da turbulência financeira global e sem precedentes. “O caso português não é isolado, o que demonstra como a crise financeira, iniciada na segunda metade de 2007, se tem acentuado e tem vindo a ter consequências cada vez mais graves na actividade económica”.

O Governo vai mais longe e diz mesmo que, se não houvesse crise económica e financeira internacional e o consequente esforço orçamental necessário para resistir aos seus efeitos, as reformas e a consolidação orçamental assegurariam a Portugal uma avaliação “certamente mais favorável”. O Ministério das Finanças diz ainda que se mantém empenhado em implementar as medidas adoptadas para combater a crise, estimulando o investimento e a economia, defendendo o emprego e apoiando os desempregados.

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L.Branca/PAE

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