A Fnac e a AMI inauguram hoje, dia 15 de Dezembro, a segunda Infoteca Fnac-AMI Contra a Infoexclusão, no Centro Porta AMIga de Cascais.
Este projecto de responsabilidade social consiste num plano a cinco anos com o objectivo de criar cinco infotecas em vários pontos do país, em parceria com os centros Porta AMIga. Estes espaços têm como principal função proporcionar aos utentes dos centros Porta AMIga uma oportunidade de se familiarizarem com as tecnologias da informação e comunicação (TIC’s), realizarem acções de formação e acederem a computadores com acesso à Internet para livre utilização por parte da população. “Definimos, juntamente com a AMI, proporcionar um único acesso à informação e às novas tecnologias. Esta iliteracia tecnológica é uma nova forma de exclusão social. As infotecas permitem aos utentes um contacto com as novas tecnologias, acesso à informação e um apoio complementar do próprio centro Porta AMIga, no apoio escolar e no apoio ao primeiro emprego”, explicou Cláudia Almeida e Silva, directora geral da Fnac Portugal, na cerimónia de inauguração.
A primeira infoteca foi inaugurada há um ano no Centro Porta AMIga de Vila Nova de Gaia. Entre 26 de Novembro de 2007 e 31 de Outubro passado, estiveram envolvidos nas dez acções de formação em TIC’s um total de 81 formandos. A maioria dos elementos é do sexo feminino, apresenta baixas qualificações literárias e a grande percentagem dos adultos formados está desempregada. Apenas 6,7 por cento dos indivíduos estão empregados, mas em situação de emprego temporário ou precário. “O fenómeno da infoexclusão começa a ter consequências em diferentes áreas, nomeadamente, a exclusão no acesso ao mercado de trabalho”, alertou Vieira da Silva, ministro do Trabalho e Solidariedade Social. “Neste sentido, é fundamental a formação nas áreas das novas ferramentas informáticas e aprender a utilizá-las para conectar-se com o mundo. Esta Porta AMIga é uma porta aberta a todo um leque de oportunidades que existem nesse mundo”.
Além da população carenciada e com reduzidas habilitações literárias da comunidade envolvente, que nunca teve contacto com as novas tecnologias, o espaço da infoteca também está aberto a utilizadores com formação superior e bons conhecimentos informáticos. Em Vila Nova de Gaia, muitos utilizadores acedem à infoteca para pesquisarem em sítios de emprego, elaborarem o currículo e outros documentos necessários para a procura de emprego ou para efectuarem pesquisas de nível pessoal, como a leitura de notícias, procura de casa, etc. Vários jovens e adultos utilizam a infoteca para elaborarem os seus trabalhos e projectos. Como notou a madrinha do projecto, Maria Cavaco Silva, “aAMI é uma porta aberta. Este centro tem mais uma ferramenta que possibilita aos seus utilizadores, sem saírem daqui, abrirem portas para um mundo a que não tinham acesso. Esta infoteca é uma abertura de novos horizontes, de novas capacidades, de uma outra capacidade de leitura e que abre uma janela global para um mundo a que todos, como seres humanos, têm o direito de entrar”.
A infoteca está equipada com sete computadores, duas impressoras multifunções, uma máquina fotográfica digital, uma máquina de filmar digital e um ecrã LCD. Para a concretização deste projecto, a Fnac e a AMI contaram com o apoio da HP Portugal, para o fornecimento do equipamento informático, e da Galileu, parceiro para a área de formação em TIC’s e responsável pelo plano de formação e pelos formadores que conduzem as diversas sessões. “Há vários anos que a Galileu colabora com a AMI. Especificamente neste projecto, como parceiros, disponibilizamos os respectivos formadores, para que seja possível, 'aprender fazendo'. Os resultados em Vila Nova de Gaia começam a aparecer, são bastante positivos e estamos certos que este centro terá muitos utilizadores”, testemunhou Nuno Jorge, director comercial da Galileu. Também Laila Ferreira, responsável pelos programas de responsabilidade social da HP em Portugal, confirmou o seu orgulho em testemunhar “uma nova iniciativa para ajudar pessoas com maiores dificuldades e que irá contribuir para a criação de emprego e riqueza. Cabe não só às entidades governamentais, mas também ao tecido empresarial e às organizações não governamentais, apoiar projectos de inclusão social”.
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