A AMI – Assistência Médica Internacional, o INETI – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação e a Sociedade Ponto Verde (SPV) foram os grandes vencedores por categoria da primeira edição do Green Project Awards.
Os vencedores foram conhecidos numa gala realizada no Centro de Congressos do Estoril, que contou com a presença do ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia.
“Como resultado da deliberação dos membros do júri, foram seleccionados 28 candidaturas de um total de 267, apresentadas até 15 de Setembro. A criatividade, a inovação, os benefícios ambientais e sociais e a repercussão concreta nos comportamentos dos cidadãos são elementos comuns encontrados na generalidade das candidaturas apresentadas, o que tornou muito interessante o trabalho do júri”, declarou António Gonçalves Henriques, director da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e presidente do júri.
“A adesão dos participantes ao Green Project Awards, claramente acima das nossas expectativas, evidencia que se estabeleceu um novo patamar nas questões da Sustentabilidade em Portugal. É também uma forma de demonstrar às empresas as vantagens de incorporar a Sustentabilidade no seu ADN”, sublinhou José Manuel Costa, presidente do Grupo GCI, entidade que organizou o Green Project Awards.
Os Green Project Awards distinguiram três categorias, Projectos, Investigação e Desenvolvimento e Comunicação. Na categoria de Projectos, em que estiveram a concurso 143 candidaturas, a AMI arrecadou o galardão principal. Foi distinguida como a entidade que, em Portugal, avançou com a ideia de utilizar resíduos para financiamento de projectos sociais. A AMI aplicou esta ideia à valorização de resíduos de radiografias (1996), de consumíveis informáticos (2004), de telemóveis (2005) e de óleos alimentares usados (2008). Segundo Fernando Nobre, presidente da AMI, a quem foi entregue a distinção, trata-se de “um procedimento simplificado, que consiste na criação dos mecanismos logísticos e na negociação com empresas especializadas em cada resíduo. Acções de comunicação criativas e apelativas serviram de motor do sucesso deste projecto”.
Na categoria de Investigação e Desenvolvimento (I&D), de entre as 29 candidaturas a concurso, saiu vencedor o INETI, com um projecto desenvolvido na Unidade de Tecnologia da Cortiça para a produção de aglomerados compósitos, nomeadamente com embalagens cartonadas, como as de sumos e leite, e partículas de cortiça. Estes aglomerados têm aplicação ao nível da construção/arquitectura, desde painéis de divisórias, tectos falsos, mobília, painéis acústicos ou ainda pavimentos/revestimentos.
Na categoria de Comunicação, em que estiveram a concurso 95 candidaturas, a grande vencedora foi a Sociedade Ponto Verde que, com as acções de comunicação que vem desenvolvendo, conseguiu obter uma forte adesão dos cidadãos para a prática da reciclagem. “Em três anos, passámos de 48 por cento (em 2004) de lares separadores para 63 por cento, em 2007. As quantidades encaminhadas para reciclagem aumentaram de 270 mil toneladas (2004) para mais de 460 mil em 2007 (crescimento de 71 por cento)”, destacou Luís Veiga Martins, director geral da SPV.