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Empresas portuguesas seguem boas práticas em mudança de processos de negócio
2008-11-18

O investimento em mudança dos processos de negócio ganha relevância na Europa, com mais de três quartos das organizações a gastar entre um a seis por cento do volume de negócios em projectos desta natureza.

Segundo o estudo “O Impacto da Mudança nos Processos de Negócio”, elaborado pela Logica Management Consulting e pela The Economist Intelligence Unit (EIU), o impacto da mudança de processos de negócio é igualmente substancial. 66 por cento das empresas europeias apontam a performance financeira como um dos “drivers” fundamentais para implementar projectos deste tipo.

Portugal é o país que mais relevância dá à performance financeira, com 86 por cento das empresas portuguesas a considerar ser este o principal motivo para mudar processos de negócio. Por outro lado, nenhuma empresa portuguesa inquirida considera que apenas seguir as “boas práticas” é motivação suficiente para implementar projectos de mudança de processos de negócio.

Quanto à avaliação do cumprimento dos objectivos do projecto, em Portugal, 42 por cento dos inquiridos avaliam manualmente o cumprimento destes objectivos e cerca de 43 por cento avaliam através de sistemas de avaliação específicos. No entanto, cerca de 13 por cento assumem que não controlam de todo o cumprimento dos objectivos traçados.

No que diz respeito à avaliação do impacto do projecto de mudança por toda a organização, é curioso notar que todas as empresas portuguesas questionadas confirmaram que essa avaliação é feita mas, neste caso, 71 por cento indicam que recorrem a um sistema específico. Portugal é o único país de todos os participantes no estudo em que esta avaliação é sempre feita.

A Logica Management Consulting considerou os “high performers” como as empresas inquiridas cujo EBITDA tenha crescido pelo menos 20 por cento nos últimos três anos. Pelo contrário, os “low performers” são para efeitos do estudo aqueles cujo EBITDA estabilizou ou diminuiu no mesmo período.

Uma conclusão-chave do relatório é que os “high performers” tendem a ser mais ambiciosos a planear projectos de mudança. Querem implementar projectos em localizações geográficas diferentes ou envolvendo diferentes departamentos.

As empresas portuguesas encaixam neste perfil. Em Portugal, o tipo de mudança mais comum é o que visa a integração de processos em diferentes localizações (71%), seguida da integração de processos entre diferentes departamentos (43%), do abandono de processos considerados desnecessários para o negócio (43%) e da adopção de novas tecnologias (42%).

Por outro lado, diz o estudo, os “high performers” são mais proactivos no momento de planear o projecto; não esperam por reclamações de clientes ou uma perda de quota de mercado. Ao invés, investem na mudança para melhorar a performance e envolvem clientes e parceiros no planeamento.

Os “high performers” e os “low performers” lidam com os obstáculos ao sucesso da mudança de uma forma muito diferente. Os primeiros referem as pressões do dia a dia do negócio como um factor de dificuldade e consequentemente dão mais ênfase à necessidade de tratar a redefinição dos processos de negócio como um projecto distinto, com recursos e orçamento próprios, em vez de tentarem gerir o projecto como parte da gestão quotidiana.

Mais uma vez, as empresas nacionais revêem-se neste padrão. As pressões que decorrem do dia a dia do próprio negócio são consideradas como a principal barreira para um eficaz processo de alteração dos processos de negócio por mais de metade (58%) das empresas portuguesas. Os executivos nacionais apontam ainda a falta de recursos especializados em gestão da mudança e “business process design” (43%) e a falta de recursos exclusivamente dedicados ao projecto (43%). Curiosamente, Portugal é o país que mais aponta a falta de recursos especializados como uma barreira à mudança de processos.

Os “high performers também valorizam as tecnologias nestes projectos. Quase 62 por cento disseram que as TI desempenham um papel fundamental, comparando com os 51 por cento dos “low performers”. Também nesta questão, a média de Portugal aproxima-se do perfil dos “high performers”. Cerca de 58 por cento das empresas portuguesas afirmam que as TI têm um papel muito importante no processo de mudança. Aliás, Portugal está entre os três países em que todas as empresas atribuem às TI um papel, senão fundamental, pelo menos importante na mudança. A contrastar por exemplo com Espanha, onde 18 por cento das empresas disse não considerar de todo importante o papel das TI nestes projectos.

No que se refere às competências necessárias para efectuar com sucesso o processo de mudança, cerca de 85 por cento dos executivos nacionais consideram que a gestão do projecto e a gestão, análise e redefinição dos processos de negócio são as fundamentais. A comunicação e experiência, assim como as competências de TI são também consideradas importantes para 70 por cento, sendo inclusivamente Portugal o país que mais valoriza as competências de comunicação e formação na mudança de processos. No outro extremo, na Dinamarca, são menos de 20 por cento as empresas que consideram relevantes estas competências.


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L.Branca/PAE

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