O moral dos consumidores franceses não deixa de baixar e as preocupações relativamente ao poder de compra ultrapassam já as inquietações com o desemprego.

Receptivos ao discurso contínuo nos media do aumento do custo de vida e constatando a subida do preço do petróleo e dos alimentos, os franceses consumiram menos durante o primeiro semestre, segundo a análise da TNS Sofres.

Neste contexto, os discounts ganharam vantagem, apesar dos esforços de comunicação dos hipers e dos supermercados. Os discounts beneficiaram graças à atractividade do seu preço e à sua proximidade geográfica. O contexto económico granjeou principalmente a favor do Lidl e, a um menor grau, a Aldi. Estas duas insígnias melhoraram significativamente as suas posições, recrutando novos clientes, em parte devido à abertura de novas lojas, e aumentaram em termos de fidelização, face à percepção ou frequentação ligadas ao preço.

Os hipermercados, por seu turno, estagnaram em termos de frequentação e a sua percepção do preço deteriorou-se. Só o Leclerc conseguiu manter a sua atractividade de discount. Em termos de imagem, o Leclerc e a Auchan foram as insígnias que mais melhoraram.

Paralelamente, todos os hipermercados continuaram a recrutar novos aderentes para os cartões de fidelidade. Este recrutamento não teve, contudo, nenhum impacto na sua capacidade de retenção de clientes.

Para os supermercados, as evoluções permanecem limitadas em termos de frequentação e fidelidade e tiveram mesmo a tendência de perder clientes muito fiéis, em razão de uma ideia de preços elevados. Mesmo assim, a maioria das insígnias continua a ganhar portadores do cartão de fidelidade

Foi o Intermarché que mais clientela de supermercados ganhou e mantém uma imagem de preços competitivos.