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Wal-Mart anuncia saída do mercado alemão
2006-08-04

A Wal-Mart acordou vender o seu negócio de retalho na Alemanha ao grupo Metro, após oito anos a tentar abordar o mercado.

Segundo Michael Duke, vice-presidente da Wal-Mart, citado pelo Planet Retail, “ao focalizar os esforços onde pode ter maior impacto no seu crescimento e no retorno das estratégias de investimento, tornou-se claro que, no ambiente de negócios da Alemanha, será difícil à empresa obter os resultados desejados”.

O mesmo responsável avança que a Wal-Mart vai trabalhar em proximidade com o grupo Metro para que a transição se faça de uma forma suave. A transacção está sujeita a aprovação pela autoridade da concorrência.

A Wal-Mart espera que esta transacção se repercuta em perdas, antes de impostos, de aproximadamente um bilião de dólares no segundo semestre do ano fiscal de 2007. Para o grupo Metro, o negócio irá “claramente fortalecer a posição no mercado do seu negócio de hipermercados Real. A aquisição de 85 hipermercados permite uma extensão ideal da actual rede de lojas da insígnia Real, para além de proporcionar efeitos de sinergia consideráveis nos domínios de ‘procurement’, logística e gestão”, como afirmou Hans-Joachim Körber, CEO do grupo Metro, ao Planet Retail.

A Wal-Mart operava, até agora, na Alemanha com 85 supercentros, empregando 11 mil pessoas. A retalhista entrou no mercado alemão há oito anos, com a aquisição das cadeias de hipermercados Wertkauf e Interspar, mas registou perdas sucessivas. De acordo com o Planet Retail, a venda da sua cadeia Supercenter na Coreia do Sul já assinalava que a empresa se estava a tornar impaciente com as operações internacionais que não apresentavam reais perspectivas de retorno.

Estas vendas vêm, segundo o Planet Retail, contrariar a afirmação relativamente recente de Lee Scott, CEO da Wal-Mart, de que a retalhista queria ter lojas em todos os países da Europa, considerando abrir os seus próprios pontos de venda ou através de grandes aquisições. Na Alemanha, a Wal-Mart sofreu com a qualidade do imobiliário, com o má avaliação dos gostos dos consumidores alemães e com a falta de um verdadeiro conhecimento do ambiente concorrencial. Para além disso, o Planet Retail nota os indícios de uma espécie de “acordo de cavalheiros” entre os actores locais para prevenir que a empresa assegurasse novas localizações ou adquirisse determinadas lojas.

Sem a base alemã para a expansão, apenas com a manutenção da Asda no Reino Unido, os planos de abordagem da Wal-Mart aos mercados da Europa de Leste e do Sul parecem mais longínquos, não se reportando o interesse da empresa em oportunidades de aquisição nestes mercados. Contudo, o Planet Retail assinala os rumores de uma hipótese de um mega negócio, tendo a Wal-Mart abordado a família Mulliez, no passado, com uma oferta pelo Auchan, e falando-se agora de um suposto interesse pela insígnia Casino.


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L.Branca/PAE

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