A Eco-house, um protótipo de uma casa unifamilar da Panasonic, multiplica por cinco o factor do confoto e da eficiência energética, enquanto reduz o consumo de electricidade e água.
O projecto, que pode ser visitado desde há alguns meses no centro tecnológico da empresa, em Tóquio, tem por coração energético uma caldeira de gás de cidade, que não só produz água quente sanitária e a faz circular pelo solo radiante, como aproveita o calor para produzir hidrogéneo, dissociando as duas moléculas de hidrogéneo e a de oxigénio contidas na água. Com este gás e algum combustível, realiza-se o processo químico inverso de hidrólise, o que permite poupar até um kilowatt de potência eléctrica.
A caldeira permitir suprir metade das necessidades eléctricas da casa. A esse kilowatt se soma a potência produzida pelos painéis solares fotovoltaicos colocados no telhado, que cobrem outros 30 por cento de necessidades de electricidade. Assim, apenas 20 por cento da electricidade é comprada. Segundo as contas da Panasonic, o facto da casa produzir 80 por cento da energia que necessita torna-a 70 por cento mais eficiente.
Na casa de banho e cozinha estão colocados novos electrodomésticos capazes de consumir menos energia e água. O duche e a banheira, desenhados para pessoas com mobilidade reduzida, vaporizam a água, reduzindo a sua quantidade e aumentando o bem-estar. O autoclismo, fabricado com novas resinas plásticas e cerâmicas, com um fluxo de água que não necessita de pressão, reduz seis litros em cada descarga, face aos 14 normais. Na cozinha, o novo compressor do frigorífico reduz em 56 por centro as suas emissões, ao mesmo tempo que a redução da espessura das paredes, graças a um isolamento mais fino e eficaz, permite aumentar a capacidade. A máquina da loiça poupa até 17 por cento de energia e reduz o consumo de água, assim como a da máquina da roupa, com um tambor inclinado. A bomba de calor de nova tecnologia seca a roupa, tornando esta máquina 51 por cento mais eficiente que as convencionais.
Todas as divisões possuem televisores de plasma e a iluminação é de baixo consumo. O sistema automático dos estores permite filtrar a luz.
A Panasonic espera começar a vender estas moradias em 2010, por um preço de 600 mil euros, chave na mão, sem contar com o terreno.