Segundo um estudo da consultora ACNielsen, as lojas de discount aumentaram dois por cento a sua quota em valor, face ao ano anterior. Neste momento, os discounts valem já 18 por cento do consumo dos lares em Portugal Continental. Os dados, relativos ao primeiro semestre de 2007, mostram ainda que os hipermercados estão estáveis, e representam 23 por cento dos gastos.
Para a evolução positiva das lojas de discount tem contribuído significativamente o desempenho das cadeias Minipreço e Lidl. “No seu conjunto, estas cadeias conquistaram, no primeiro semestre do ano, 1,9 pontos percentuais de quota face ao período homólogo”, avança a ACNielsen. As compras nos discounts contrariam mesmo a tendência de decréscimo do consumo por lar (-4%), subindo três por cento no período em análise.
Entre as principais causas do crescimento dos discounts, apontadas pela ACNielsen, está o seu ritmo elevado de abertura de lojas no último ano e meio, a uma média de 6,6 por mês. No total, abriram 126 pontos de venda de discount e apenas 30 super e hipermercados. A este factor aliam-se os preços baixos e a conveniência decorrente da quantidade de lojas, da sua dispersão geográfica e da sua proximidade, muito valorizados pelo consumidor.
Em consequência do desempenho dos discounts, as marcas próprias deste formato de loja também evoluíram positivamente no primeiro semestre, crescendo 28 por cento em termos homólogos. O discount representa já 67 por cento das marcas próprias.
O estudo olha ainda com uma atenção particular para o Lidl e conclui que a sua evolução em Portugal está a acompanhar a da Europa, onde se observou, nos últimos 15 anos, uma loja aberta por mês, em média. Em Portugal, 75 por cento dos lares compram nesta cadeia, a mesma percentagem registada no mercado doméstico, o alemão.