Os hipermercados estão a ser um sucesso na China, graças à competitividade dos preços que praticam, à conveniência de uma oferta global debaixo do mesmo tecto, à acessibilidade das suas localizações e à integração de estruturas como restaurantes, cinemas e cafetarias. A cultura do “one-stop shop” está a captar a atenção do consumidor chinês, principalmente da classe média, tendencialmente a mais gastadora.
“Em média, o consumidor da classe média chinês visita um hipermercado a cada dez dias”, adianta Jason Yu, director da divisão Regional Account Development da TNS Worldpanel na China. Na sua opinião, esta frequência de visita pode ser capitalizada pelos accionistas dos hipermercados para conseguir uma fonte de receitas previsível.
É por esta razão que Jason Yu considera não ser motivo de surpresa o interesse dos maiores retalhistas internacionais no mercado chinês, onde o sector da distribuição continua a sentir grandes crescimentos anuais, acima da expansão do PIB. E os hipermercados estão a apressar-se. Em Julho, o Carrefour abriu a sua 100.ª loja no país, em Shaoxing, uma cidade com 650 mil habitantes. A recente aquisição da Trust-mart pela Wal-Mart é outro dos desenvolvimentos deste processo.
De acordo com a TNS Worldpanel , os últimos dados mostram que os hipermercados aumentaram a sua quota de mercado no sector da distribuição da China, de 28,5 por cento, em 2005, para 29,8 em 2006. Priveligiando lovalizações nas principais cidades, a quota continuou a crescer este ano, chegando aos 30,1 por cento no primeiro semestre. A TNS prevê que, no final da década, a quota de mercado dos hipermercados alcance os 35 por cento.
O sucesso dos hipermercados contrasta com o sector dos supermercados, que têm experimentado uma contracção. A quota deste formato desceu de 28,4 por cento, em 2001, para os 19,1 por cento, no primeiro semestre deste ano. Segundo a TNS, o número de visitas aos supermercados dos consumidores tende a descer desde 2005, enquanto que as visitas aos hipermercados seguem o percurso inverso.