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Consumidores confiam mais nos supermercados do que em bancos ou redes sociais
2020-08-17

Os consumidores europeus confiam mais os seus dados pessoais a supermercados do que a instituições financeiras, plataformas digitais ou redes sociais e, nalguns casos, mais do que a governos ou instituições médicas, aponta o estudo “The consumer data give and take”, elaborado pela Deloitte, em conjunto com a Ahold Delhaize, um dos maiores grupos de retalho do mundo, que analisa 15 países europeus.

“Os retalhistas têm hoje uma grande quantidade de dados à sua disposição e as principais cadeias estão a fazer um esforço no sentido de utilizar essa informação para benefício dos próprios consumidores, das suas organizações e dos seus parceiros. Estes indicadores podem representar uma enorme oportunidade para o sector do retalho, que assume um papel determinante na vida dos consumidores”, diz Duarte Galhardas, partner e líder de Consumer da Deloitte.

Existe, com efeito, uma maior predisposição dos consumidores para partilhar os seus dados com as cadeias de retalho alimentar, com apenas 30% dos entrevistados a indicarem que não estão dispostos a partilhar os seus dados, verificando-se um maior grau de favorabilidade em relação aos supermercados quando comparados com negócios não retalhistas, instituições financeiras, plataformas digitais e redes sociais.

As únicas organizações em quem os consumidores revelam confiar mais os seus dados são serviços médicos e instituições governamentais e, nalguns países, os supermercados chegam mesmo a ultrapassar essas organizações.

Perfis

A idade e o comportamento online são os parâmetros com correlações mais fortes com as perceções de dados do consumidor. De acordo com o estudo, há uma maior disposição para partilhar dados pessoais entre os consumidores mais jovens e aqueles que compram online com mais frequência.

Os jovens entre os 18 e os 29 anos de idade estão mais dispostos a partilhar dados pessoais (média de 3,1 na escala de 1 a 5) do que aqueles com 60 anos ou mais (2,6).

Os entrevistados que realizam suas compras online com frequência estão também mais dispostos a partilhar as suas informações. A média de pessoas que compram online semanalmente foi de 3,3 (numa escala de 1 a 5), em comparação com 2,7 para aqueles que nunca fizeram compras online.

Esta tendência pode indicar uma atitude mais relaxada em relação à partilha de informações pessoais entre os mais jovens e à medida que as compras online se tornam numa prática mais estabelecida.

Dados partilhados

Os entrevistados foram questionados sobre sua vontade em partilhar 18 tipos de informações pessoais, como dados demográficos e informações sobre saúde e rendimento. Em geral, os consumidores estão dispostos a partilhar dados demográficos e informação sobre os produtos que compram e respetiva frequência – 59% estão “muito dispostos ou “de alguma forma dispostos” a partilhar dados sobre a compra de produtos e o seu nível de escolaridade.

Quase 40% dos entrevistados estão dispostos a partilhar informações detalhadas sobre saúde, como alergias e frequência cardíaca, mas apenas 28% está disposto a partilhar dados de localização. A resistência mais forte está na partilha de informações financeiras, com dois terços dos entrevistados “nem um pouco dispostos” a partilhar as suas transações em contas bancárias.

As conclusões desta pesquisa mostram que, embora os consumidores geralmente confiem nos dados dos retalhistas, sentem que há espaço para melhorias no que diz respeito à transparência, escolha e controlo sobre os seus dados pessoais.

O estudo também analisa como o sector pode justificar essa confiança e desenvolver um marketing personalizado de forma ética. A introdução de programas de fidelização, o crescimento das compras online e o marketing digital são apenas algumas das influências que mudaram a face do sector do retalho.


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L.Branca/PAE

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