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Transformação digital impulsiona mudanças no retalho
2020-07-20

A transformação digital no sector do retalho é aceite como essencial e é agora imparável, de acordo com um novo estudo global divulgado pela Fujitsu. Mais de dois terços dos retalhistas em nove países encara a transformação digital como essencial para a tecnologia do retalho, sendo que apenas 7% discorda.

Com as experiências de compras online e físicas a aproximarem-se cada vez mais, os resultados do estudo da DataDriven para a Fujitsu confirmam que a maioria das transformações digitais está bem encaminhada nos retalhistas. Os departamentos financeiros são os pioneiros, com uma implementação madura existente ou bem encaminhada em 63% dos inquiridos. As vendas (62%), o apoio ao cliente (59%) e as operações de frente de loja no retalho (59%) não andam longe.

Richard Clarke, diretor executivo Retalho Global na Fujitsu, comenta que “o sector do retalho permite-nos ver claramente muitas das alterações profundas que estão a ter impacto na sociedade e no nosso modo de vida. O impacto da Covid-19 acelerou as tendências do retalho que já estavam a avançar e são agora imparáveis. O novo estudo da Fujitsu mostra que os retalhistas estão a reagir de forma determinada e estão no bom caminho rumo à transformação digital. Encomendámos este inquérito para obter um conhecimento mais profundo ao modo como a transformação digital está a entusiasmar o retalho e o facto das equipas financeiras estarem a abrir caminho a par das vendas e do apoio ao cliente reflete a importância estratégica que uma implementação eficaz tem para os resultados”.

Retalho online e físico continuam a aproximar-se

A transformação digital está subjacente a mudanças estratégicas no retalho identificadas no estudo global. Os retalhistas apresentam cada vez mais vendas online. Mais de um terço (34%) já oferece a maioria dos seus produtos e serviços online, uma tendência acelerada pela crise global da Covid-19.

Muitos retalhistas possuem um modelo híbrido online e físico que depende de iniciativas como comprar online, levantar na loja (BOPIS), com quase dois terços (64%) dos retalhistas a concordarem que o retalho online continua a aproximar-se do físico.

Outra nota é a abertura da disponibilidade dos dados do retalho aos compradores, como os níveis actuais de inventário de um produto, com quase sete em cada 10 retalhistas (69%) a considerar que isto também é uma medida positiva para quem vende.

Outros impactos da transformação digital nos retalhistas incluem redução de despesas, sobretudo na logística, armazenamento e transporte, referida por 21% dos inquiridos. Outras áreas em que a DX está a reduzir custos é no departamento financeiro (20%), na manutenção (20%), no funcionamento (19%), nas TIC (18%) e nas operações de retalho (18%).

No apoio ao cliente, 29% dos inquiridos relatam uma melhoria. Outras áreas viradas para o cliente que revelaram melhorias são o call center (19%), o marketing (16%) e a inovação no local de trabalho (16%).

Cloud pública está a superar a privada e híbrida

Em termos de escolhas de tecnologia de transformação digital, a Cloud é um componente cada vez mais importante do processamento das TIC no retalho. O Software-as-a-Service (SaaS) é a fonte de aplicações mais popular (32%), mas um número significativo de retalhistas opta pelo processamento “in-house” (24%) ou por aplicações empresariais prontas a usar (18%).

Apesar da enorme atenção dada à computação Cloud ao longo da última década, muito poucos retalhistas acreditam que seja excessiva. Aliás, afirmam que esta não recebe a atenção que merece. Os cépticos da Cloud são sobretudo os retalhistas que mantêm a maioria do seu processamento “in-house”.

A inteligência artificial tem um grande futuro no retalho e a Internet das Coisas será importante. mas não é para já. A inteligência artificial é cada vez mais importante no retalho, com dois terços (69%) a considerarem-na uma oportunidade, enquanto um número apenas ligeiramente inferior (66%) acredita que trará melhor qualidade de vida e permitirá a criação de novos empregos. Embora as tecnologias associadas à Internet das Coisas (IoT) tenham muitas aplicações no retalho, a adoção continua a ser lenta, não obstante 69% acredite que esta tecnologia acabará por revolucionar o retalho.

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L.Branca/PAE

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