Mais de metade dos consumidores que adiaram compras estão de regresso às lojas para concretizarem as suas compras (53%) durante o encerramento dos espaços comerciais. Contudo, a evolução da economia (24%), as perspetivas de emprego (19%) e a evolução da pandemia (17%) serão fundamentais para que os consumidores concretizem as suas compras, indica o Observador Cetelem.
Para estimular aquisições, os consumidores consideram que, durante a reabertura, os comerciantes devem apresentar ofertas e promoções especiais (90%), ter sistemas de higienização para produtos (88%), continuar a ter entregas ao domicílio com garantia de saneamento (84%), ter pontos de venda higienizados com sistemas de ventilação (80%) ou alargar o horário de funcionamento (76%). São ainda mencionados o atendimento apenas por marcação (67%) e os pagamentos apenas com cartão bancário (64%).
Intenções de consumo
No regresso ao consumo, calçado e roupa (19%), produtos de remodelação e decoração do lar (16%) e eletrodomésticos (14%) estão no topo das intenções . Ainda assim, 25% diz que não vai já avançar com os planos adiados durante a pandemia e 21% diz ter novos planos.
Apesar de reabertura da atividade, face à situação de pandemia e a evolução dos rendimentos, a maioria dos portugueses (58%) é da opinião que, no futuro, passará a comprar menos do que antes. A maioria pela incerteza face ao futuro da economia (61%), mas o layoff (28%) e a diminuição de rendimentos (27%) também condicionam consumo.
Os consumidores do sexo feminino (61%), entre os 45 e os 54 anos (64%) e os residentes em Lisboa (74%) e no Porto (73%) são os que assumem consumir menos. A incerteza face à situação económica foi mencionada de forma geral pela maioria dos portugueses, independentemente do sexo, faixa etária e localização geográfica.
De volta à normalidade
Quando questionados sobre o que tencionam retomar com maior frequência, 94% respondeu estar com a família e com os amigos, 62% ir ao cabeleireiro e 54% visitas aos centros comerciais. De seguida, foram mencionados andar de transportes (46%), atividades culturais (37%), lojas de roupa e acessórios (35%), visitar locais de culto (34%) e ir de férias (31%).
O top 3 do que sentiram mais falta de fazer, durante este período, apresenta respostas muito semelhantes: o convívio com familiares e amigos (92%), cabeleireiro (47%) e centros comerciais (36%). De seguida, foi ainda referido as visitas a locais de culto (26%), visita a espaço culturais (24%) e ir de férias (17%).