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58% dos consumidores mundiais reduzem visitas aos supermercados
2020-04-28

58% dos consumidores em todo o mundo continuam a diminuir a frequência das visitas aos supermercados, devido à preocupação com a proximidade com outras pessoas, indica a consultora Oliver Wyman.

“O problema não é a oferta, mas a procura, que atualmente é muito mais difícil de prever”, explica Nordal Cavadini, partner da Oliver Wyman Retail & Consumer Goods.

Além disso, os consumidores são, de um modo geral, menos fiéis às suas lojas habituais. 7% mudou mesmo para sempre, devido à proximidade, horário de funcionamento e capacidade de encomendar online.

Outro dos desafios que preocupam os retalhistas prende-se com o facto de 69% dos inquiridos ter declarado que não encontraram o produto desejado na loja, enquanto 29% sentiu-se incomodado de estar na loja física devido às filas consideráveis. O estudo nota que cada vez mais shoppers estão mais ansiosos com as compras devido à Covid-19, ao que se soma o facto de mais de um terço ter visto os seus rendimentos diminuírem, com destaque para os lares de Itália (47%) e de Espanha (58%).

Não obstante, apesar do gasto total dos lares estar a diminuir, o gasto em alimentação continua a aumentar. 37% dos inquiridos nos Estados Unidos e 31% dos inquiridos no Reino Unido disseram estar a gastar mais neste tipo de produtos, o que compara com os 29% e 18%, respetivamente, de duas semanas antes.

Os consumidores também consideram ativamente formas de não ir ao supermercado e optam pelas compras online. De facto, 13% dos inquiridos passaram a comprar alimentação através da Internet, pelo menos temporariamente, ao passo que 26% já o fazia antes da crise. Contudo, há desafios a responder. A falta de janelas de entrega foi criticada por 57% dos inquiridos que compraram online e 63% queixou-se da falta de disponibilidade de alguns produtos.

Na sua análise, a Oliver Wyman adverte ainda que, apesar do gasto em alimentação estar a aumentar, em alguns países, o padrão começa a mudar, casos de Itália e de Espanha, onde o isolamento se prolonga há mais tempo e os rendimentos familiares foram mais afetados. Assim, um grande número de inquiridos está a comprar mais produtos com desconto, uma tendência que deverá alastrar a outros países. O impacto já verificado em categorias como o vestuário e os produtos de beleza irá também sentir-se ao nível da alimentação.

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L.Branca/PAE

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