Retalhistas europeus pedem ao Reino Unido e à União Europeia que garantam o fluxo de bens e mercadorias
As vendas transnacionais cresceram exponencialmente na Europa nos últimos 10 anos e o desenvolvimento do e-commerce tem influenciado de maneira significativa este desenvolvimento. Neste cenário, o Brexit pode constituir uma séria ameaça ao sector do retalho no continente europeu.
Assim o destacam entidades representantes do e-commerce europeu, que apelam aos Estados-membros da União Europeia e ao governo britânico que garantam o fluxo de mercadorias e bens nas fronteiras.
A declaração conjunta destaca que o volume do comércio eletrónico no Reino Unido é significativamente maior que em outros países europeus, sendo uma peça chave do retalho e do comércio dos 27. Um Brexit sem acordo poderá ser um entrave na circulação de bens e encomendas entre a União Europeia e o Reino Unido, já que conduziria a uma “séria interrupção do comércio a retalho transfronteiriço, do comércio eletrónico e dos fluxos comerciais relacionados”.
Por este motivo, um acordo que assegure o rápido e fluido fluxo dos mesmos, quando o Reino Unido abandonar a União Europeia, “é crítico para evitar o caos nas fronteiras”. No caso de não haver acordo, “as consequências repercutir-se-ão diretamente nas pequenas e médias empresas e nos consumidores”.
A declaração conjunta, que tem entre os seus signatários a Ecommerce Europe, defende que é fundamental um acordo que ponha fim à crescente incerteza gerada com a situação atual, alcançando pontos comuns no que se refere ao transporte terrestre e aéreo, à simplificação das tarifas aduaneiras e ao reconhecimento mútuo dos requisitos de segurança básicos nas compras e envios.