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Apocalipse do retalho é um mito
2018-03-19

O chamado apocalipse do retalho é um mito, mas a bifurcação do sector do retalho é uma realidade e quem estiver no meio estará em dificuldades. Esta é a conclusão de um estudo da Deloitte, que apurou que, mais do que a batalha entre o online e as lojas físicas, o retalho está a mudar em função da separação dos rendimentos dos consumidores.

As receitas dos retalhistas situados nos dois extremos de posicionamento estão a crescer, respetivamente, 81% e 37%, mas as dos retalhistas posicionados no segmento médio apenas aumentaram 2%, nos últimos cinco anos. “Apesar da narrativa popular, o apocalipse do retalho está longe de ser uma realidade”, defende Kasey Lobaugh, analista na Deloitte Consulting LLP. “O retalho físico não está, nem de longe nem de perto, à beira da morte. De facto, vemos os retalhistas a abrirem novas lojas a um ritmo impressionante, com o retalho físico a evoluir a par e passo com o digital”.

O estudo revela uma mudança dramática em linha com os rendimentos dos consumidores e onde alguns retalhistas podem ver o apocalipse, outros encontram uma oportunidade. Com dois mil consumidores norte-americanos inquiridos, o estudo “A grande bifurcação no retalho: porque o ‘apocalipse’ do retalho é de facto um renascimento?” examina a crescente disparidade entre os rendimentos desde a recessão. De facto, apenas um em cada cinco inquiridos estava em melhores condições económicas em 2017 do que há 10 anos.

Além disso, os consumidores modernos têm hoje novas despesas, como os smartphones e planos de dados, que absorvem uma porção crescente do orçamento dedicado aos gastos essenciais e que deixa, assim, de ser direcionada às compras no retalho.

A Deloitte indica que esta divergência nos rendimentos está a influenciar o seu comportamento e a ditar o sucesso de determinados segmentos do retalho. Enquanto os consumidores com maiores rendimentos estão a catalisar o retalho “high-end”, os consumidores com menos orçamento viraram-se para as lojas de discount. De resto, este tipo de retalhistas apostou na sua expansão ,entre 2015 e 2017, e, por cada ponto de venda encerrado, ganhou-se 2,5 lojas.

A divisão de rendimentos explica ainda outras opções quanto ao formato das lojas. Os consumidores menos afluentes estão 44% mais propensos a comprar no discount do que os outros grupos sociais e a sua maioria (58%) prefere comprar na loja física, enquanto que os consumidores com maiores rendimentos optam pelo online (52%).

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L.Branca/PAE

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