A expansão do Lidl nos Estados Unidos da América, o seu primeiro mercado fora da Europa, não está a correr como o esperado, pelo que os planos estão a ser revistos pelos retalhista alemão.
Um novo relatório do Planet Retail RNG indica que a promessa do Lidl de mudar a forma como os norte-americanos compram não foi materializada nos primeiros meses após a sua entrada no mercado, com o ritmo de aberturas a desacelerar e o retalhista a optar por uma reavaliação das localizações e da oferta das lojas.
As previsões iniciais apontavam para um total de 80 novas lojas Lidl abertas na primeira metade de 2018, mas, de acordo com as indicações de Klaus Gehrig, CEO do Grupo Schwarz, a casa-mãe do retalhista alemão, à revista Manager, o ritmo de aberturas será refreado para apenas 20 este ano. O gestor disse ainda que esperava que o Lidl fosse finalmente bem-sucedido no mercado norte-americano ao apostar nas suas antigas virtudes, ou seja, lojas mais pequenas. Recorde-se que o modelo de expansão nos Estados Unidos da América replica o atualmente usado na Europa, com lojas de maiores dimensões, com uma gama alargada, normalmente, com quatro mil SKU’s, e uma tónica nos produtos biológicos, locais e “free from”.
O Planet Retail confirma que, em dezembro, o Lidl começou a procurar por lojas mais pequenas, o que “terá um impacto nos fornecedores que colaboram com a insígnia”, uma vez que os volumes de compras tenderão a ser menores.
Na Europa, contudo, o ritmo de expansão do Lidl parece manter-se. Na Suécia, por exemplo, desenvolveu um novo conceito que integra a experiência de “foodservice” e na Irlanda introduziu um programa de fidelização. No Reino Unido, abriu recentemente cinco lojas de uma assentada, elevando para 700 o número de pontos de venda no mercado britânico. O Lidl estreou-se também no mercado sérvio, não se descartando a possibilidade de, no futuro, chegar à Letónia e a outros países do Báltico.