A inflação em Portugal acelerou em abril, invertendo a tendência do mês anterior, devido à subida dos preços no sector da restauração e hotelaria.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu para 2% face ao mesmo mês do ano passado. Em março, a variação homóloga tinha sido 1,4%.
A inflação mensal foi 1% em abril, um valor que compara com 1,8% no mês anterior e 0,4% em abril de 2016. A variação média dos últimos 12 meses registou uma taxa de 0,9%.
“Por classes de despesa, são de destacar os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos Restaurantes e Hotéis, do Lazer, Recreação e Cultura e dos Transportes, com variações de 5,7%, 2,7% e 4,6%, respetivamente”, refere o comunicado do INE. “Em sentido oposto, assinalam-se as diminuições das taxas de variação homóloga das classes dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e das Bebidas alcoólicas e tabaco, com variações de 2% e 3,3%, respetivamente”.
A inflação subjacente, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação homóloga de 1,7%, mais 1,1 pontos percentuais que no mês anterior.
Portugal tem seguido a Europa, com uma desaceleração da inflação em março, arrastada pelo preço dos combustíveis. Na Zona Euro, a inflação em abril regressou aos 1,9%, depois de 1,5% em março e 2% em fevereiro.
Após a última reunião do Conselho de Governadores, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, classificou a inflação na Zona Euro como “volátil”, com uma aceleração prevista em abril após o abrandamento no mês anterior, mas adiantou que as pressões subjacentes continuam fracas.
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