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Mercado automóvel português é o que mais deve crescer em 2017
2017-02-13

O mais recente estudo do Observador Cetelem revela que Portugal é um dos países que apresenta um maior crescimento no mercado de veículos particulares novos (VPN) e, de acordo com as previsões, será mesmo o que mais cresce em 2017.

Este ano, o mercado nacional deverá chegar às 215 mil unidades e apresentar um crescimento de 6,4%.

No top dos países com previsão de maior crescimento em 2017 estão, depois de Portugal, a China e a Itália, com variações de 6% e 5%, respetivamente.

De uma forma global, o mercado automóvel apresenta um bom comportamento. Entre 2009 e 2015, o mercado mundial de automóveis particulares e de veículos ligeiros cresceu cerca de 40%. Em 2015, registaram-se 87 milhões de veículos novos desta categoria, ultrapassando os valores de 2007, o ano pré-crise, em que foram vendidos 68,5 milhões de veículos ligeiros novos.

Em Portugal, a recuperação do mercado automóvel verificou-se apenas a partir de 2012, ano em que se registaram 95.290 veículos particulares novos. Este número aumentou progressivamente nos anos seguintes: 105.921 (2013), 142.993 (2014), 178.496 (2015), 202.000 (estimativas para 2016) e 215.000 (estimativas para 2017).

Algumas das razões apontadas pelo estudo para esta recuperação do mercado são, na Europa, o aumento do poder de compra das famílias, a melhoria dos rendimentos, a redução do preço dos combustíveis e a baixa inflação, que influenciaram a renovação do parque automóvel. No caso das empresas, as condições favoráveis ao investimento e as ofertas de aluguer de longa duração também proporcionaram a renovação das frotas.

“Em Portugal, os efeitos prolongados da crise económica internacional de 2008 contribuíram para que a recuperação do sector automóvel fosse mais lenta do que noutros países. O parque automóvel nacional envelheceu e surgiu uma necessidade de renovação, que se manifestou nas vendas dos últimos anos e nas previsões para o ano atual, que são, juntamente com Itália, das mais elevadas na Europa”, reflete Pedro Ferreira, diretor da área automóvel do Cetelem.

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L.Branca/PAE

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