A análise do ano 2016, realizada pela Worx, revela que o sector de retalho teve um bom desempenho, com especial destaque para o comércio de rua.
Com um stock de três milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL), o formato de centros comerciais recebeu em 2016 o Centro Comercial Nova Arcada, em Braga, e três retail parks que vieram adicionar 115 mil metros quadrados de ABL ao mercado.
No comércio de rua, os sectores de restauração e moda dominaram as novas aberturas, fortemente lideradas por marcas de origem nacional. Na Avenida da Liberdade assistiu-se à entrada de diversos "players" internacionais do mercado de luxo: Pinko, Chanel, Lojas das Meias com os corners Celine e Dior, Versace, Bulgari e Armani Exchange.
Os centros históricos continuam a ser a localização preferencial dos retalhistas, mas, perante a escassez de oferta disponível, localizações mais secundárias e residenciais começam a ser procuradas como alternativa para a expansão do comércio e implantação de conceitos de conveniência e proximidade ao consumidor.
O valor da renda prime no comércio de rua situou-se nos 110 euros por metro quadfrado por mês (€/m2/mês) nos eixos de Avenida da Liberdade e Chiado e, no caso dos centros comerciais, o valor rondou os 90€/m2/mês.
Para 2017, o departamento de Research & Consulting da Worx prevê “movimentação no segmento de centros comerciais, por força da expansão de equipamentos que já operam no mercado e que procuram melhorar a sua oferta de serviços e introduzir 'upgrades' nas suas instalações. Iremos assistir igualmente a uma tendência crescente de consolidação de novos conceitos que apostam no comércio de bairro e lojas físicas cada vez mais apelativas e inovadoras, com recurso a promoções e ações de comunicação competitivas, fazendo face ao e-commerce”.