A China vai representar um quarto da procura de artigos de luxo em 2016, segundo uma pesquisa da TNS. Actualmente, a China já absorve 12 por cento dos produtos de luxo, pelo que o valor projectado para 2016 significa uma duplicação do consumo.
Apesar desta receptividade da China pelos artigos de luxo, a TNS aconselha os responsáveis de marketing das marcas de luxo a não contarem com retornos muito rápidos. Antes das marcas se poderem estabelecer na China, necessitam de uma forte presença internacional. Actualmente, as que mais sucesso obtém no país são já marcas fortes e bem estabelecidas em termos mundiais.
Segundo Nanda Griffioen, director de planeamento de consumo da Diageo na China, as marcas de luxo têm de adoptar um posicionamento de preço elevado e uma imagem internacional. “Qualquer marca que queira ter sucesso no sector de bens de luxo na China tem de cumprir três requisitos. Primeiro, cobrar preços elevados. No marketing de luxo, na China, o preço não é uma barreira. Cobrar o preço mais alto da categoria pode mesmo ser uma vantagem, porque comunica a mensagem que ‘a mais cara é a melhor’, o que é um factor catalizador da escolha de marcas. Em segundo lugar, uma marca tem de ser internacional. Os consumidores chineses querem ser vistos a usar as mesmas marcas que os outros consumidores. Eles não gostam que as marcas internacionais localizem muito. Finalmente, não se deve apenas tentar atingir os mais endinheirados. Mesmo a classe média chinesa poupa dinheiro para comprar produtos caros”.
A TNS explica que atingir os consumidores de bens de luxo chineses é difícil porque as pessoas com o rendimento disponível suficiente para adquirir estes produtos representam menos de 0,02 por cento da população do país.