O supermercado, como é conhecido hoje, pode desaparecer no ano 2040, no entender de Jaime Castelló, professor de Marketing da Esade.
"Basta pensar em duas grandes causas da mudança do sector de retalho, a conveniência (onde é mais fácil, mais barato, próxima e confortável) e a experiência de compra (quem agrega mais valor), para prever que em 2040 podem desaparecer os supermercados como os conhecemos hoje", disse o professor no debate sobre o supermercado do futuro, realizado em colaboração com a Accenture Digital.
Nisto coincidiu Tony Stockil, CEO do Grupo Javelin, que disse que em 20 anos, a paisagem da indústria será irreconhecível com a digitalização a transformar o mercado. "Globalmente, o e-commerce amadureceu e está a crescer rapidamente nas grandes cidades".
Tony Stockil observa que, à medida que a digitalização avança no sector do retalho, “muitas empresas são obrigadas a incorporar vendas online para sobreviver". Isso acontece também no retalho alimentar, onde ainda não se alcançaram margens de lucro.
Além disso, "a digitalização aumentou a diversidade de canais e criou uma maior transparência de preços" num mercado onde "é particularmente difícil de lidar com concorrentes como a Amazon, que já vende diretamente produtos alimentares online", reconhece o CEO do Grupo Javelin. Portanto, o negócio do retalho tradicional deve incorporar "uma gama de novas competências e habilidades" e "inovar os seus modelos de negócios."