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Retalho é o sector de atividade que mais contribui com donativos
2016-12-05

As empresas de retalho portuguesas são das mais contribuíram com donativos. Em 2014, 26% dos donativos feitos pelas empresas portuguesas teve origem no sector do retalho.

No total, o contributo das empresas nacionais ascendeu a 139,8 milhões de euros, com 20% do tecido empresarial português, cerca de 57.408 empresas, a registarem donativos nas suas contas.

Os números, originários do estudo “O papel das empresas na comunidade – retrato dos donativos em Portugal” da Informa D&B, em parceria com a Sair da Casca, revelam que este valor equivale a 1,8% dos resultados das empresas antes de impostos, superior à média internacional, que se situa nos 1,04%, segundo a análise do London Benchmarking Group.

Juntamente com o retalho, três outros sectores geram 71% de todos os donativos feitos pelas empresas nacionais. São eles o gás, eletricidade e água (18%), as indústrias transformadoras (14%) e o sector grossista (13%). O sector do gás, eletricidade e água é aquele onde a média de donativos efetuados pelas empresas atinge a quantia mais elevada, quase 70 mil euros por ano.

A distribuição dos donativos pelas empresas regista grande paralelismo com a estrutura do próprio tecido empresarial, com um reduzido número de grandes empresas (0,7% entre todas as que fazem donativos) a assumirem 55% do total de donativos, com uma média de 182 mil euros por empresa.

Por outro lado, a esmagadora maioria (96%) das empresas que efetuam donativos regista uma contribuição média de 381 euros. As micro empresas (com volume de negócios inferior a dois milhões de euros) constituem 85% das empresas que efetuam donativos e são também o segundo segmento que mais contribui para o total de donativos (21%). Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “os donativos das grandes empresas representam mais de metade do valor total e permitem apoiar grandes projetos, garantindo a própria sustentabilidade desses projetos; mas, por outro lado, existe um grande potencial entre as PME quanto ao seu contributo futuro, pela dimensão que assumem em número de empresas”.

O valor dos donativos está concentrado na Área Metropolitana de Lisboa (56% do total), seguida pelo Norte (25%) e pelo Centro (11%), apesar de estas duas últimas regiões registarem maior percentagem de empresas que fazem donativos: 37% e 29%, respetivamente, contra 20% da Área Metropolitana de Lisboa.

O estudo da Informa D&B demonstra ainda que o montante dos donativos tende a aumentar à medida que cresce a idade das empresas.

Para além da análise quantitativa da Informa D&B, a Sair da Casca procurou saber quais as práticas privilegiadas. Em geral, as empresas querem contribuir não apenas com financiamento, mas também com competências e manifestam o seu interesse em seguir o desenvolvimento dos projetos. Segundo Nathalie Ballan, Partner da Sair da Casca, “a próxima etapa para maximizar o impacto social dos donativos empresariais deveria passar pelo investimento social em que a empresa assume um papel ainda mais ativo de investidor, que está à espera de um retorno, mesmo que a longo prazo. Este formato permitirá reciclar o dinheiro dos donativos, criar parcerias fortes entre os diferentes sectores empresarial, social e público, e será uma alavanca para entidades do sector social poderem desenvolver a sua atividade geograficamente ou criando novas competências e soluções”.

Quanto ao destino dos montantes, as causas que as empresas mais referem são educação e a solidariedade, seguidas do ambiente, saúde, cultura e desporto. “Se em 2008 era incontornável mostrar o papel solidário e reativo das empresas a situações de grande urgência social, hoje há uma nova dinâmica, mais positiva, que aposta na educação, na empregabilidade e formação e na igualdade de oportunidades”. A partir de 2015, a luta contra o desperdício começou a ter protagonismo nas empresas, de forma mais premente nas áreas da indústria de transformação alimentar e no retalho.

O voluntariado tornou-se uma prática consolidada e integrada de 83% das organizações analisadas. Ainda assim, esta prática em Portugal está longe da média europeia. Na Europa, 24% das pessoas com mais de 15 anos fazem voluntariado, valor que em Portugal é apenas de 11,5%.

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L.Branca/PAE

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