Após a análise das capacidades de inovação de 90 dos mais de 125 fabricantes interfornecedores da empresa, o estudo concluiu que o rácio de sucesso dos novos produtos lançados pela Mercadona e pelos seus interfornecedores é de 82% face a 24% do sector, segundo os últimos dados disponíveis.
Os fabricantes interfornecedores da Mercadona reservam mais recursos para o fomento da área de I+D+i do que a média do sector de alimentação e bebidas, de acordo com o estudo “O Valor da Inovação Conjunta” realizado pelo Institut Cerdà.
O número de colaboradores dedicados a I+D aumentou 80% entre 2012 e 2015, representando 2,84% da média dos quadros, um valor que pressupõe o dobro do sector de alimentação e bebidas estimado pelo INE em 1,09%. No total, os interfornecedores da Mercadona colocaram 1.094 pessoas a desenvolver mais de 350 linhas de I+D.
De igual forma, durante o período analisado (2012-2015), os interfornecedores da Mercadona que participaram no estudo investiram 377,5 milhões de euros em inovação (85,5 milhões de euros em novos produtos e 292 milhões de euros em novos processos). Além disso, registaram 27 patentes (88% de produto e 12% de processos) e 51 marcas.
A aposta na inovação dessas empresas é, de acordo com o estudo, sete vezes superior à do sector, com 96% de participação das mesmas face a 13% das empresas espanholas no geral. Neste sentido, o relatório destaca que a aposta na inovação é complementada por um elevado nível de investimento em infra-estruturas, que ascendeu a 882 milhões de euros entre 2012 e 2015, o que equivale a uma média de 5,41 milhões de euros investidos em cada instalação; 83%, fruto do marco da relação com a Mercadona.
Entre 2012 e 2015, 84% dos interfornecedores analisados pelo Institut Cerdà realizaram inovações de produto com um investimento na área de 85,5 milhões de euros, numa média de 21,4 milhões de euros ao ano. Este investimento traduziu-se no lançamento de 580 novos produtos, dos quais 42% não existiam previamente no mercado. De igual forma, os restantes esforços focaram-se na reformulação e melhoria contínua de produtos já existentes. O retorno económico foi relevante, na medida em que o impacto direto destas novas referências foi de 725 milhões de euros apenas em 2015, o que representa, em média, 13% do volume de negócios total dos interfornecedores analisados.
A inovação de produto refletiu-se maioritariamente em melhorias tanto ao nível da qualidade como ao nível da segurança alimentar de experiência de utilização por parte do cliente, bem como mais de 100 inovações relacionadas com ecodesign, entre outras. É de salientar que do total de lançamentos 23% ocorreu por iniciativa própria e 77% resultaram da colaboração com a Mercadona, através dos seus centros de co-inovação e das sugestões dos Chefes (clientes) recebidas no Serviço de Atendimento ao Cliente, entre outros.
De acordo com Yolanda Cerdà, gerente de retalho do Institut Cerdà, “a análise que realizámos destaca o compromisso que a Mercadona e os seus interfornecedores mantêm com a inovação e comprova que o modelo da Mercadona proporciona um marco na colaboração ao longo da cadeia de agro-alimentar que permite conhecer o máximo das necessidades do cliente final e desenvolver as organizações adotando uma cultura de melhoria contínua”.