As vendas da Auchan reduziram-se, em termos absolutos, 3%, para os 26.106, comportamento que atribui à diminuição do preço dos combustíveis (-0,4%) e ao impacto negativo das divisas (-3,8%), principalmente devido à desvalorização face ao euro das moedas russa, polaca e chinesa. Excluindo este impacto, as vendas orgânicas cresceram 1,1%.
O grupo assinala a recuperação dos mercados espanhol e português no primeiro semestre, impulsionados por “uma fórmula de venda virtuosa” e a inversão da tendência nos supermercados em França. Para além disso, o mercado italiano dá sinais de recuperação e na Polónia foi finalizada com sucesso a transformação dos antigos hipermercados Real para a insígnia Auchan. Na China, as vendas cresceram 4,4%, não obstante a desaceleração da economia, graças ao crescimento da rede de lojas.
A Rússia, contudo, continua a ser fonte de dificuldades para o grupo, onde o “contexto económico difícil” e a depreciação do rublo contribuiu para o retrocesso das vendas.
O resultado de exploração antes de impostos caiu, em valores brutos, 30,3% e, em valores comparáveis, 22,4% para os 228 milhões de euros, enquanto o EBITDA diminuiu 5,5% para os 1.043 milhões de euros.
O ano de 2016 será, assim, de “refundação” para a Auchan, como foi sublinhado, por diversas vezes, por Wilhelm Hubner, presidente do diretório da Auchan Holding, na apresentação de resultados. O compromisso no mercado russo irá manter-se, com a empresa a encontrar grande potencial nos segmentos do “discount”, beleza e pequenos supermercados.