Este ano, as famílias portuguesas estão a gastar menos no regresso às aulas, mas mostram-se mais motivadas em constituir uma poupança para a educação dos filhos, diz o Observador Cetelem.
Em média, as famílias portuguesas estão a gastar cerca de 455 euros na preparação do regresso às aulas, ou seja, menos 73 euros do que no ano passado (528 euros). Em relação a 2015, verifica-se ainda um ligeiro aumento da percentagem de consumidores a recorrer ao cartão de crédito para pagar essas despesas (2016: 27% e 2015: 25%).
O vestuário/calçado (78%), os artigos de desporto (55%) e as despesas de educação várias (46%) são as categorias que, excluindo o material escolar, lideram as intenções de compra das famílias portuguesas.
No que diz respeito aos manuais escolares, a grande maioria dos portugueses prefere comprá-los novos (94%), assistindo-se a uma queda significativa na intenção de adquirir livros em segunda mão (19%) ou de pedir livros emprestados a amigos e familiares (18%) face a 2015, ano em que 33% e 27% das famílias, respetivamente, admitiam esta possibilidade.
As papelarias são o local favorito para as compras de regresso às aulas para 80% dos consumidores. Ao contrário do ano passado, que registou uma preferência pelos hiper/supermercados, estes surgem agora na segunda posição (65%). Existem ainda 22% dos consumidores que fazem as suas compras para o ano lectivo na Internet.
Quanto ao momento da compra, a maioria das famílias portuguesas inicia as compras duas semanas antes do regresso às aulas (48%), seguidas por 25% que optam por fazer as compras com um mês de antecedência e por 10% que só compram quando as aulas já começaram. No geral, as famílias (59%) preferem comprar o material escolar num momento único.
Em média, os pais portugueses contam dar 20 euros por semana para os filhos gastarem no período de aulas. No entanto, a maioria dos inquiridos (31%) admite que pensa colocar à disposição dos filhos um limite máximo de 10 euros de semanada.
Este ano, 30% das famílias afirmam ter algum tipo de poupança para a educação futura dos filhos, uma ligeira subida em relação a 2015 (29%). Regista-se também uma maior percentagem de famílias (14%) a pretender constituir uma poupança para a educação, embora a maioria (47%) afirme não ter nem tencionar criar qualquer tipo de poupança para esta finalidade.