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Comércios portugueses enfrentam um pico do furto no verão
2016-08-19

A época do verão é uma das mais arriscadas para a segurança nas lojas. Óculos de sol, vinhos, licores, cremes, protetores solares e produtos de maquilhagem estão entre os mais furtados.

Os sectores turísticos e retalhista preveem um novo recorde em Portugal no que à afluência de turistas e a consumo diz respeito. Segundo dados do INE, o número de dormidas em Portugal cresceu, nos primeiros quatro meses, para os 12,4 milhões, o que representa um crescimento de 1,2 milhões face ao período homólogo de 2015. Uma tendência que se prevê manter para o resto do ano.

Contudo, a oportunidade de fazer de agosto um bom mês para as lojas fica comprometida com o pico de furto que estas datas representam, de acordo com o Barómetro Mundial do Furto da Checkpoint Systems, a segunda época do ano de eleição para os ladrões, superada apenas pelo Natal.

Portugal fechou o ano de 2015 com um claro aumento da receita do turismo estrangeiro, ficando bem acima dos 10 milhões de euros de receita total, de acordo com dados do boletim estatístico do Banco de Portugal, o que demonstra a relevância que o turismo tem enquanto indicador económico nacional. Com maior atrativo para turistas franceses, ingleses e até chineses, o sector turístico em Portugal está em franco crescimento, contribuindo para tal programas que o Governo e o sector empresarial estão a desenvolver a nível internacional, procurando cativar estrangeiros que, tradicionalmente, não visitariam Portugal, como são os norte-americanos.

Mas, esta época do ano, apesar do aumento de movimento, é também perfeita para os ladrões, profissionais ou de ocasião. “Os saldos provocam um constante movimento de mercadorias e pessoas e as férias reforçam mais esta dinâmica. É fácil cair em descuidos se a loja não está perfeitamente equipada e com uma equipa preparada para utilizar as soluções antifurto”, assinala David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Espanha e Portugal.

Cerca de 29% do furto em loja em Portugal é cometido pelos próprios empregados, de acordo com o Barómetro Mundial do Furto. A este valor juntam-se os erros administrativos, que provocam 6% de perdas desconhecida. Uma tendência ainda mais relevante nas campanhas de verão e inverno, épocas com maior número de trabalhadores temporários e com menos formação nos processos internos da loja.

É, pois, neste sentido que a Checkpoint Systems recomenda que os retalhistas reforcem a formação das equipas temporárias e facilitar a sua interação com antenas, desativadores, caixas de pagamento e outras tecnologias que convivem no estabelecimento. Nas zonas turísticas, óculos de sol, vinhos, licores, cremes e protetores solares estão entre os produtos mais cobiçados pelos ladrões. Para os proteger, os retalhistas utilizam etiquetas antifurto adaptadas a cada tipo de produto e soluções Alpha como caixas de policarbonato ou colares de garrafas, que estão desenvolvidas especialmente para os produtos com mais risco de furto.


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L.Branca/PAE

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