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Falta de sensibilidade do “top management” é o principal obstáculo à inovação em Portugal
2016-08-09

A pouca sensibilidade nas empresas portuguesas, ao nível de “top management”, é vista como o principal obstáculo à inovação, conclui a primeira edição do Barómetro Inovação Empresarial, levado a cabo pela Improve, empresa do Grupo Guess What, e pela Spirituc – Investigação Aplicada.

O estudo, realizado junto de altos quadros de empresas a atuar em Portugal em áreas como a alimentar, indústria farmacêutica ou consultoria, conclui ainda que a falta de recursos financeiros e de humanos qualificados são obstáculos à inovação. No âmbito das contrariedades à inovação, cerca de 70% das empresas portuguesas considera que não existem incentivos ou recompensas para premiar a inovação. “Com este estudo, percebemos que as empresas portuguesas valorizam a inovação e pretendem ter informação sobre ideias e projetos inovadores, mas, ainda assim, não apostam na inovação devido a questões como a mentalidade do “top management”, a falta de recursos financeiros, a pouca preparação dos seus recursos humanos. Ou seja, as empresas portuguesas têm um destino, mas não sabem como lá chegar” afirma Renato Póvoas, diretor geral da Improve, empresa portuguesa que atua na área da inovação.

De acordo com os dados alcançados, apesar das contrariedades, a inovação assume-se, hoje em dia, como uma área fundamental na vida das empresas. Assim, a inovação surge como extremamente valorizada na área da gestão empresarial, com um valor próximo de nove, numa escala em que 10 significava “totalmente valorizada”.

Outra questão que parece reunir consenso junto dos inquiridos diz respeito ao facto da inovação estar na base do sucesso da performance de novos produtos ou serviços (7,98 numa escala em que 10 significava “concordo totalmente”). A esmagadora maioria dos inquiridos afirma estar atenta a macrotendências, tendências, modas e modismos quanto a fontes de informação. No momento de lançar uma inovação, os principais aspetos a considerar são os recursos disponíveis (80,6%), o percurso previsto a longo prazo (59,7%) e o grau disruptivo da inovação (56,5%).

Por fim, as empresas inquiridas elegeram a Meo, NOS e Vodafone como empresas mais inovadoras a atuar em Portugal.


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L.Branca/PAE

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