Segundo o relatório internacional “Estudo Global de Confiança dos Consumidores” da Nielsen, o índice de confiança dos consumidores portugueses tem mostrado uma tendência de evolução constante ao longo dos últimos trimestres, o que dá sinais de recuperação de um período de crise.
Apesar de um decréscimo face ao trimestre passado, Portugal continua a apresentar valores históricos, tendo alcançado 65 pontos, mais oito pontos face ao período homólogo. A média global manteve os 98 pontos do período anterior, ao passo que na União Europeia aumentou para os 79 pontos (mais um ponto percentual).
O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é a principal preocupação para 29% dos consumidores portugueses. Os restantes países europeus não atribuem tanta importância a este fator, que ocupa apenas o 11.º lugar no top das preocupações europeias (8%). A saúde também é uma das principais preocupações dos consumidores nacionais (27%), assim como a segurança profissional (26%) e a economia (19%).
No que diz respeito aos próximos 12 meses, 14% dos portugueses referem que estão satisfeitos com as suas perspetivas de emprego (mais três pontos percentuais em relação ao período homólogo) e 29% estão otimistas em relação às suas finanças pessoais. 20% também acreditam que o próximo ano será a melhor altura para comprar aquilo que querem e de que necessitam.
59% dos portugueses admitem ter alterado os seus hábitos de consumo, procurando assim economizar nas despesas domésticas. Desta forma, 57% dos consumidores pouparam nas despesas de entretenimento fora de casa, 56% procuraram poupar no gás e eletricidade, 53% gastaram menos em roupa e também 53% optaram por marcas de alimentação mais baratas.
De futuro, e após melhorias na situação económica, 46% dos portugueses têm intenção de continuar a poupar no gás e eletricidade, 26% no entretenimento fora de casa, 25% nas refeições de "take away" e 25% em novas roupas.
Poupanças (49%), vestuário novo (23%) e entretenimento fora de casa (22%) são os gastos “extra” dos portugueses com o dinheiro que lhes sobra. Em relação ao entretenimento fora de casa, os espanhóis são claramente mais adeptos: 41% optam por gastar aqui o seu dinheiro excedente. Ainda assim, 22% dos portugueses assumem que não têm dinheiro excedente para gastos extra (no entanto, esta percentagem desceu oito pontos percentuais em relação ao período homólogo).