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Empresas de retalho e bens de consumo portuguesas na mira da Springwater
2016-06-08

A Springwater Capital está a reforçar a sua presença em Portugal, tendo o objetivo anual de adquirir uma a duas empresas em sectores como a saúde, retalho, indústria e bens de consumo, serviços, logística, transportes ou media.

Segundo adiantou o fundador e CEO da Springwater Capital, Martin Gruschka, na passada quarta-feira, dia 1 de junho, em Lisboa, "depois do turismo, estamos a estudar oportunidades de investimento em outros negócios, identificando empresas portuguesas com potencial de crescimento, para criar grupos pan-mediterrânicos ou plataformas sectoriais de maior dimensão com sede em Portugal".

Após a compra da Espírito Santo Viagens, em 2014, “uma grande oportunidade de negócio, concluída em poucas semanas”, a que se seguiu a compra da Geostar, no final do ano seguinte, e que resultou na criação da Springwater Tourism, grupo de referência no turismo em Portugal, com cerca de 30% de quota de mercado, conforme sublinha Martin Gruschka, “a Springwater Capital pretende continuar este ritmo de adquirir duas empresas por ano. Encontrar uma oportunidade, usá-la como plataforma e tentar crescer à sua volta. Não necessariamente apenas em Portugal. Se é uma boa empresa, é preciso exportar e crescer fora do país”.

A empresa confessa-se “agnóstica” em termos de sectores. “Não temos um foco sectorial e os únicos fora da lista são o financeiro e o imobiliário. Na verdade, as coisas acontecem quando surgem oportunidades", esclarece Martin Gruschka. E, como secunda Stefan Lindemann, Partner responsável por Portugal, Crédito e Relações com Investidores, “a Springwater Capital está a olhar para áreas como a saúde, indústria, serviços, logística ou transportes. Portugal tem-nos apresentado oportunidades muito interessantes e estamos impressionados com a qualidade das equipas de gestão, quando comparamos com o que temos visto a nível europeu”. Finalmente, reitera Martin Gruschka, “há sectores como o retalho, a logística, a aeronáutica, a saúde ou os transportes bastante dinâmicos em Portugal, com ótimos rácios financeiros e equipas de gestão extremamente competentes, e igualmente exportáveis”.

Nesse sentido, conclui o sócio-fundador da Springwater Capital, “o nosso enfoque vai para empresas de média dimensão com níveis de faturação tipicamente até aos 300 a 400 milhões de euros, mas não exclusivamente; poderão ser superiores”.


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L.Branca/PAE

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