Durante o segundo dia de julgamento, os auditores do El Corte Inglés declararam que desconhecem o valor real das acções da cadeia de distribuição e que só calcularam o valor teórico-contável.
Segundo noticia o El Mundo, esta valorização baseia-se no valor patrimonial da empresa dividido pelo número de accionistas, mas não se realizou uma avaliação de mercado, porque a legislação financeira vigente vê incompatibilidades.
José Antonio Rodríguez, ex auditor da Deloitte, que trabalhou mais de 10 anos para a companhia e ainda mantém a sua colaboração, reconheceu a diferença entre o valor teórico e o real das acções, assim como a metodologia para determiná-los.
Por seu lado, Juan José Roque, actual auditor do El Corte Inglés, afirmou conhecer apenas o preço teórico e salientou a singularidade da empresa, “familiar”, não cotada em bolsa, que carece de dívida financeira e reparte dividendos mínimos, já que os lucros se destinam a investir nas lojas.
Os advogados dos irmãos Areces Fuentes, que interpuseram a acção civil contra o El Corte Inglés, solicitaram uma setença que obrigue a cadeia de distribuição a pagar as acções de César Areces pelo valor real ou que seja um auditor nomeado pelo Registo Comercial a decidir o preço e não um conselheiro da administração. Também reclamam que os títulos possam ser vendidos a terceiros, contrariando os estatutos da empresa, recentemente modificados.
O julgamento seguiu agora para sentença