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Grandes cadeias retalhistas são alvo de roubo de dados de clientes
2015-02-04

As grandes cadeias retalhistas são um verdadeiro “prémio” para os hackers, já que armazenam milhões de registos com dados de clientes. E o ano de 2014 não foi uma excepção quanto aos ciberataques a este grupo específico de empresas. Ao que tudo indica, embora não se saiba com exactidão, que um mesmo grupo atacou três grandes cadeias de retalho: o gigante Target (foi roubado em 70 milhões de ficheiros com dados bancários, números de telefone, emails e outros dados), o fornecedor de produtos de beleza Sally Beauty (25.000 dados roubados) e o retalhista de produtos para o lar Home Depot (roubados os dados bancários de 56 milhões de cartões e 53 milhões de emails).

O caso da violação de dados a Sally Beauty teve contornos inesperados quando os próprios hackers foram atacados. Os dados roubados foram postos à venda em várias páginas web do mercado negro e, pouco depois, alguém as atacou e transformou uma das páginas. O “hacker bom” deixou uma mensagem e um vídeo do filme “Men in Black” na página de início do website atacado.

Houve outra violação de dados privados no sector da venda a retalho da qual muito se falou: a fuga massiva dos dados de acesso e de passwords do eBay, que afectou 145 milhões de utilizadores. Como consequência, a empresa tem agora que enfrentar um enorme processo judicial colectivo. De acordo com a revista PC World, só a soma de interesses e custos de todos os queixosos superam os 5 milhões de dólares.

Todos os anos, milhões de pessoas são vítimas de numerosas violações de dados, segundo a Kaspersky Lab. E os resultados destes roubos são extremamente negativos: os hackers vendem a informação bancária dos utilizadores em páginas web ilegais, as empresas têm que pagar enormes somas de dinheiro para reparar os prejuízos dos seus clientes e os consumidores perdem dinheiro.

Os bancos de todo o mundo foram um alvo preferencial dos hackers no ano passado. Durante o primeiro mes do ano, foram desviados dados bancários de 20 milhões de clientes do Korea Credit Bureau, com a ajuda de um empregado do banco. Em Fevereiro, o banco britânico Barclays foi atacado: 27.000 ficheiros foram roubados e vendidos. Como resultado, a credibilidade do banco sofreu um revés e teve que indemnizar milhares de clientes cujos dados tinham sido vendidos no mercado negro.

Em Junho, os dados privados de 80 milhões de clientes do banco americano JP Morgan também se viram comprometidos. O banco guardou silêncio durante vários meses e foi preciso chegar a Outubro de 2014 para reportar o incidente.

Como consequência de um ataque importantíssimo que provocou a exposição dos dados de 27 milhões de clientes (80% da população do país), as autoridades da Coreia do Sul estão a avaliar a possibilidade de redesenhar completamente o sistema numérico informático dos documentos de identidade nacional.

As empresas de telecomunicações também tiveram um ano difícil. A Orange, o grupo francês de telecomunicações, foi atacado duas vezes no primeiro trimestre de 2014 e, no total, foram roubados os dados de 1,3 milhões de utilizadores. O pior de tudo foi o facto de os hackers terem comprometido uma plataforma de software que a empresa utiliza para enviar emails promocionais e mensagens de texto aos clientes que se registavam para os receber. Certamente, depois deste incidente, muitos clientes pensarão duas vezes antes de subscrever este tipo de serviços de marketing


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L.Branca/PAE

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