A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) anuncia, em comunicado de imprensa, que repudia as afirmações da FEPCES sobre a alegada intenção dos super, hipers, grandes armazéns e cadeias de lojas de distribuição retirarem direitos aos trabalhadores consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho e considera contraditória e de má-fé a posição assumida por este sindicato, que promove a conciliação junto do Ministério e ao mesmo tempo convoca uma greve.
"As propostas de revisão ao CCTV, avançadas há dois anos pela APED, em resultado de necessidades sentidas pelo sector, nomeadamente quanto à duração e à organização do tempo de trabalho, não entram em conflito com direitos adquiridos dos trabalhadores. Ao afirmar o contrário, a FEPCES distorce a verdade e omite que, no dia previsto para o encerramento das negociações, ou seja, em 31 de Janeiro passado, aditou novas propostas sobre matérias previamente acordadas ou nunca apresentadas à negociação", refere o comunicado.
A APED relembra ainda a posição reiterada da FEPCES de recusa a negociar o clausulado em 2006, propósito esse que manteve para 2007. "Além de se recusar sistematicamente a dialogar as matérias essenciais com a APED, a FEPCES, ao contrário das outras estruturas sindicais igualmente presentes na negociação, manteve uma postura que criou condições para o rompimento das negociações directas, promoveu a conciliação perante o Ministério e ao mesmo tempo marcou uma greve para 2 de Março".
A APED considera o CCTV do sector um instrumento imprescindível na gestão dos recursos humanos das empresas suas associadas e tudo fará para o manter mas "não abdicará nunca de proceder à sua actualização em conformidade com a evolução do sector e da legislação laboral".