Segundo um estudo da MarketWatch, com o apoio da União Europeia, as lojas de comércio electrónico não estão a cumprir a responsabilidade legal de informar, sistematicamente, os consumidores sobre a eficiência energética dos electrodomésticos.

O estudo, que envolveu 111 lojas online e 114 lojas físicas de 11 países, revelou que 62% dos produtos online não comunicavam, ou faziam-no incorrectamente, a informação de acordo com a etiqueta energética europeia. Percentagem que aumenta para 97% no caso das lojas online portuguesas. Em 82% dos casos, os parâmetros mostrados não cumpriam as regulamentações da União Europeia e 14% não tinham sequer qualquer informação.

A nível europeu as lojas físicas estão a prestar melhor informação a este respeito, com apenas 12% dos produtos a não terem qualquer etiqueta energética e 11% a estarem mal etiquetados. Em Portugal, o nível de conformidade é também elevado (74%) nas lojas físicas, não obstante a percentagem de produtos sem qualquer etiqueta energética ser superior à encontrada online (16%). Estes dados revelam melhorias face aos encontrados, há um ano, pela Quercus no âmbito do projecto Come on Labels e em que mais de metade dos aparelhos verificados nas lojas de electrodomésticos não cumpriam as regras europeias. Hipermercados e cash & carry são as lojas que continuam a apresentar a maior taxa de produtos sem etiqueta no mercado português, com 25%.

Globalmente, televisores e equipamentos de ar condicionado são os produtos mais problemáticos, sobretudo por má colocação, por parte dos vendedores, da etiqueta energética, sua modificação ou ausência. Frigoríficos, máquinas de lavar a loiça e a roupa são, em contrapartida, os produtos mais correctamente etiquetados.